Serralves em Festa, novamente!
Mapa da Internet.
Tal como noutros mapas, este Mapa da Internet trata de mostrar elementos na sua posição relativa. Se os países, mares e montanhas ocupam uma determinada posição entre si, neste caso, em vez de países, temos círculos proporcionais correspondentes ao total de visitas de milhares de sítios na internet.
O arrumo do círculos no espaço do mapa é definido por relações de familiaridade, criadas pelas hiperligações que os navegadores da internet fazem. Assim, não admira que estejam próximos os círculos do Facebook e do Youtube e, à distância, mas igualmente de grande proporção, o círculo da Wikipedia.
Esponjas cerebrais.
Surgiu-nos este vídeo um pouco por acaso e descobrimos que até já se tornou viral. Do que trata? Bom, mostra-nos que ainda não entendemos o nosso cérebro na totalidade, longe disso, e que é nas idades mais jovens, onde o “cérebro” ainda não se encontra totalmente formatado, que a aprendizagem se torna mais fácil e profícua.
No mundo do ensino onde nos encontramos, às vezes questionamos se vale a pena insistir em idades tão jovens, aparentemente indiferentes e sujeitas a tantas outras tentações pouco “pensantes” e edificantes, na cultura, nos ideais ou no simples respeito pelas árvores. A resposta só pode ser uma: sim, porque ainda entendemos tudo e porque uma visão cínica do mundo nos faria perder o significado.
Turistas! #9
«From its charming waterfront to its peerless vintages, the city is awash with liquid assets. On paper, Porto makes a perfect weekend break. It’s compact, it’s cheap and easyJet has just launched flights from Bristol, Luton and Manchester.
But Portugal’s second city is an inexhaustible toddler of a town, clambering up the banks of the River Douro in a joyous jumble of contrasting city parts. “Look at me!” clamour Neapolitan alleyways leading down to Dubrovnik-style waterfront cafes. “Over here!” squeal Parisian boulevards and Havana-esque beach bars. Not saying you won’t love it: just don’t expect to get much rest.
A mais antiga papelaria do mundo.
A Araújo & Sobrinho é talvez a mais antiga papelaria do mundo. Situa-se no Porto, no recém-remodelado Largo de S. Domingos, mesmo no início da Rua das Flores. Contudo, há que mudar o tempo verbal, pois a papelaria do Cavalo Marinho já não se situa, situava-se. Infelizmente, mudou de instalações e reabriu a cerca de 50 metros, no estabelecimento que albergou a também histórica Drogaria Moura, entretanto falida.
O edifício que albergou durante quase 200 anos a papelaria, transformou-se num hotel temático, o AS Hotel 1829, herdando o espólio da tipografia que a papelaria também possuía. Onde se vendia papel importado do oriente a uma fina camada burguesa de ingleses estabelecidos no Porto há séculos, está um balcão de receção de hóspedes que chegam aos milhares de todo o mundo.
E se aqui não nos cansamos de elogiar este impulso turístico, que aos pouco tem retirado o Porto de uma letargia de décadas, também pelo mesmo motivo é frequente chamarmos à atenção para casos como este que ao de leve apagam a memória da Cidade, que é no fundo o que a torna a especial e atrativa. Infelizmente não é caso único. Pela baixa, e não só, multiplicam-se os casos de antigos comércios desaparecidos, transformados em bares da moda, ou em sofisticados locais de aperitivos gourmet, iguais a tantos outros.
Claro está que a dinâmica comercial sempre assim funcionou, mas não no ritmo a que se assiste e no denominador comum que os novos negócios, entretanto estabelecidos, parecem querer impor. O turismo é sem dúvida bem-vindo ao Porto, a nossa cidade, mas nem tudo pode ser turismo, sob pena de nos tornarmos numa coisa plástica e repetida, sem alma.
Uma primavera quente.
Andamos felizes com estas temperaturas que muitas das vezes nem o verão traz. Inclusivamente, a estação meteorológica da ESL registou no passado dia 12, pelas 14.49h, uns inusitados 36,9ºC. Aprazíveis, é certo, mas talvez noutra época e contexto.
Mas não somos só nós, neste canto da Europa, a beneficiar deste calor. À sua medida, toda a Europa Central mostra temperaturas elevadas, originadas por um influente anticiclone ali centrado, que se encontra a condicionar grande parte o estado de tempo europeu.
Coimbra em 3D no Google Maps.
A Google tem atualizado com frequência os seus locais 3D um pouco por todo o mundo, mas infelizmente o nosso país não conhece aquele ritmo de atualizações internacionais. Ainda assim, e recentemente, vimos a Cidade de Coimbra juntar-se ao um conjunto restrito de cidades que já se encontram cobertos pelo render 3D, a saber, Sines, Évora, Beja, Torres Vedras, Santarém e Caldas da Rainha.
A entrada de Coimbra em cena, permite especular que a Google se prepara para fazer o mesmo com outras cidades nacionais. É, com referimos aqui no passado, mais um passo em frente do Google Maps / Google Earth, que sempre se soube reinventar-se.
Pelos caminhos de S. Tiago.
Há uma máxima oriental que diz que «o caminho é feito a andar». Compreendemos, concordamos e dela faremos apologia no próximo Sábado Diferente, que se realiza já no próximo dia 16 de maio, num ato de fé que inverterá a lógica caminhada de S. Tiago rumo a norte, e nos porá em sentido contrário, de Vila do Conde a terras do Leça. Estranho? Não!
Na verdade, há muito que andamos entusiasmados com a ideia e decidimos experimentar o potencial turístico dos caminhos de S. Tiago nacionais, sobretudo dum novo, desbravado por peregrinos alemães, que ruma à Catedral galega literalmente encostado ao mar. É uma tendência recente, amenizada pela brisa e impulsionada pelos arranjos e intervenções urbanísticas, na outrora maltratada e poluída costa norte de continental.
O impulso de fé, e também turístico, levar-nos-á ainda mais longe. Já em Matosinhos, aguardaremos por intervenção divina, que nos transporte às movimentadas e cosmopolitas ruas do Porto ao sábado à noite, pejadas de turistas e de pontos de interesse, para o necessário alimento e fruição.
Do relato deste Sábado Diferente daremos conta em breve, acompanhado de espirituais fotografias ou imagens animadas, com os protagonistas do costume.
Fonte: Jornal Público de 4 de agosto de 2014.
Turistas! #8
«Numa altura em que as empresas de hotelaria estão a reforçar a oferta no mercado, os primeiros indicadores turísticos deixam antever um novo ano recorde. Nos primeiros dois meses de 2015, face ao período homólogo, as receitas turísticas subiram 14,4% para mais de 1,1 mil milhões de euros, enquanto as dormidas de estrangeiros cresceram 9,5%, mostram os dados do Banco de Portugal.
Feitas as contas, Portugal cresce cinco vezes mais do que o país vizinho, mercado onde as receitas do sector evoluíram 2,6% para cerca de três mil milhões de euros no período analisado pelo Banco de Portugal.
Cada dormida dos turistas estrangeiros representou uma receita de 405 euros, mais 4,4%. Mais uma vez, em comparação com Espanha, a subida neste indicador situou-se apenas em 1,6% para 366,7 euros. Com este desempenho, o saldo turístico já cresceu 20%».
Fonte: Diário Económico de 24 de abril de 2015 (adaptado).
Por entre o Lima.
Sempre que nos deslocamos ao Alto Minho, sentimos no tempo uma nobreza pertencente ao passado, quando o vigor da paisagem marcava o passo, “ajuntava” as gentes, e o espírito comunitário do bem receber era um ato comum. Ficamos felizes porque sentimos que isso ainda existe ao arrepio de um tempo entubado, manipulado por polegares, e muita gente distraída.
Foi assim um sábado em torno do viçoso Lima, manso em Ponte da Barca, subtil em Ponte de Lima e grandioso em Viana. Um senhor rio de terras férteis e nateiros verdejantes, escultor das gentes e da branda e bela paisagem envolvente.
Controlar um telescópico no Dubai.
Aqui está mais um belo exemplo da denominada internet 2.0, onde o internauta não se limita a absorver conteúdos, mas também a criá-los. E do que se trata então, este “exemplo”? Bom, trata-se de uma aplicação baseada internet que nos permite observar de telescópio, e em tempo real, o nosso satélite natural.
Mais, com uma conta no Facebook ou Twitter, e após o registo no sítio, é possível também controlar à distância o telescópio em funcionamento, direcionando para uma série de locais lunares à nossa escolha. Lunático!
Mapa de estilo Pop art.
São cada vez mais surpreendentes os resultados da democratização da revolucionária ferramenta cartográfica, o Mapbox, com a qual a imaginação é interminável. Desta vez descobrimos uma fusão da Pop art, «movimento artístico surgido na década de 50 [que procurava a] estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop», com a cartografia de base do OpenStreetMap.
O resultado, simplesmente divertido, tem a autoria de Katie Kowalsky, uma estudante de cartografia da Universidade Wisconsin-Madison, onde, provavelmente, estas “coisas” aparentemente académicas, adquirem normalmente uma utilidade comercial.
Atividade: investigação biogeográfica.
Ora aqui está uma deliciosa tarefa biogeográfica para arrumar com o que sobra do calendário deste ano letivo. É uma missão que te porá a observar e fotografar árvores, ou a falta delas, e com a qual elaborarás um pequeno artigo jornalístico, altamente valorizado, com muitas muitas conclusões e soluções, esperemos.
Como aprendemos em aulas passadas, o clima tem uma enorme influência sobre o tipo de vegetação existente. As árvores, que são o espelho dessa relação, podem-nos indiciar o maior ou menor grau de pluviosidade ou de horas de luz solar de uma determinada região.
Vento que derruba árvores.
O dia de ontem surgiu tempestuoso, apresentando uma mistura de vento forte e chuva intensa. Foi um dia de muita azáfama para os bombeiros que, um pouco por todo o norte e centro de Portugal Continental, ocorreram a várias quedas de árvores de grande porte, cujo derrube se pode explicar, em parte, pelo atrito que a intensa folhagem primaveril provocou à força do vento.
Os relatos falam em árvores partidas a meio, grandes galhos derrubados, mas não em árvores derrubadas pela raiz. Para isso acontecer, o vento teria de soprar muito mais forte e ou a árvore apresentar um estado fitossanitário deficiente. Não foi o caso.
Os registos da estação meteorológica da ESL do dia 4 de abril provam, de facto, que a rajada máxima ocorreu pelas 20.45H, com a velocidade de 48,9 km/h. Isto para uma velocidade média, à mesma hora, de 20,1 km/h.
Fontes: J.M. Sillick and W.R. Jacobi - Healthy Roots and Healthy Trees, Colorado State University.