Geopalavras

«A imaginação é provavelmente a maior qualidade criativa do homem em qualquer campo do pensamento e da acção humana. Ela pode tornar-se um guia para a acção mais eficaz do que o simples raciocínio». Começa assim o artigo que a Rita, uma antiga “discípula”, escreveu há cerca de 7 anos, sobre essa magia, que é a imaginação.

Esta característica da inteligência, que tanto nos fascina como surpreende, é algo que procuramos trabalhar, porque acreditamos que todos nós, independentemente dos estímulos absorvidos, temos a capacidade intrínseca de a manifestar.

Por isso, termos substituído um teste por uma banda desenhada. Por isso, os deliciosos títulos de cada estória, contada pelos nossos alunos, que agarraram a narrativa ao motivo que mais os marcou, nesta enorme temática dos contrastes de desenvolvimento mundial. Estamos orgulhosos da nossa aposta e dos resultados.

Este artigo parece começar com um título de um filme, mas não é bem disso que se trata, ou melhor, mais ou menos… Os Geos são as personagens que preenchem as das Bandas Desenhadas que o Geopalavras “encomenda”, mais ou menos por esta altura do ano, às nossas lambisgoias do nono ano de escolaridade.

Na verdade, este trabalho surge em jeito de teste de avaliação (porque não?), e apela à imaginação, misturada com a aplicação dos conteúdos de uma matéria sempre atual: os contrastes de desenvolvimento, que se vivem no mundo atual.

No passado a “coisa” (proposta de atividade) ofereceu-nos resultados muito divertidos, que inclusivamente fizeram torrar os poucos neurónios de muito boa gente que está quase no fim do secundário ou até já tem canudo. Neste corrente ano letivo não esperamos menos, pois a massa cinzenta é mais ou menos equivalente e a imaginação também. Por isso, fiquem atentos que não tarda a surgir novos episódios dos famosos Geos!

A letra D é a quarta do alfabeto e a derradeira desta segunda edição da série Os Geos estão de volta. Não obstante, o alfabeto é grande, não acaba por ali, e mais lados se seguirão, multifacetados quanto baste, disponíveis e com estórias para contar.

Numa espécie de pré-balanço, foi curioso constatar que este exercício geográfico, não esqueçamos, desenhou-se em maioria através de ideias, sensibilidades e ou convicções sobre a realidade geográfica mais próxima e muito concreta.

Percebeu-se também que as estórias elaboradas, foram em grande parte inspiradas no universo particular dos alunos. Figuradas com Geos, leu-se emoções, desabafos e outro tipo de situações particulares, naquilo que foi um denominador comum às três turmas propostas,  independentemente do nível de escolaridade das mesmas.

Este lado B dos Geos é talvez mais geográfico, mais centrado nos conteúdos da disciplina, e surge menos introspetivo que o lado A, publicado há dias. Trata-se de uma série de trabalhos de igual qualidade e imaginação, cuja abordagem perante o mesmo desafio, espelha muito do perfil da turma. Aliás, a psicologia / perfil das turmas é tema de interessante abordagem, ao qual voltaremos um dia, dada a importância que tem na definição do percurso académico, e não só, de um aluno.  Para já ficam os Geos.

A primeira face da edição deste ano do Geos está pronta. O tom é predominantemente geográfico; fala-se de alimentação, de desigualdade de género, de culturas diferentes e até de formas radicais de abordar o turismo. Há também abordagens mais introspetivas, camufladas com aquilo que a geografia ocultar, e numa espécie apelo, materializadas em história traduzidas por vinhetas. Muito interessante.