Anomalias térmicas de junho.

sábado, 12 de julho de 2025 · Temas: , ,

O mapa intitulado Anomalias e extremos na temperatura do ar à superfície (17 de junho a 2 de julho), produzido pelo Copernicus Climate Change Service, mostra variações de temperatura relativamente à média climatológica para o período.




Geograficamente, destaca-se um forte contraste térmico entre o oeste e o leste da Europa. A Europa Ocidental, Central e Meridional, incluindo Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Irlanda e Benelux, que apresenta extensas áreas com temperaturas muito acima da média, em tons de vermelho-escuro. Este padrão reflete a ocorrência da onda de calor que afetou grande parte da Europa na passada semana, com especial incidência no denominado western european domain, uma área de interesse especial pela sua vulnerabilidade crescente a eventos climáticos extremos.

Em contraste, o norte e leste da Europa, incluindo a Escandinávia, os países bálticos, a Rússia e partes da Ucrânia, registaram temperaturas significativamente abaixo do normal, manifestas em tons de azul. Ora, este gradiente térmico leste - oeste aponta para a presença de sistemas atmosféricos contrastantes, o anticiclone dos Açores e depressões a leste, impulsionadas e pelo comportamento anómalo do jet stream.

Em suma, a simultaneidade de calor extremo a oeste e anomalias frias a leste ilustra a crescente desorganização dos regimes atmosféricos tradicionais, um fenómeno cada vez mais frequente e intenso devido às alterações climáticas. Tal realidade sublinha a necessidade urgente de estratégias eficazes de adaptação e mitigação em todo o continente europeu.


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Que calor é este?

domingo, 29 de junho de 2025 · Temas: ,

Estamos a atravessar uma vigorosa onda de calor, com temperaturas a atingir os 45 °C em Portugal e Espanha, e os 43 °C em França. Este fenómeno está associado a uma estrutura atmosférica persistente, conhecida como cúpula de calor (heat dome), que prende o ar quente junto à superfície e impede a entrada de massas de ar frescas.



Trata-se de um anticiclone persistente em altitude, que funciona como uma tampa atmosférica, prendendo o calor por baixo. Nele, o movimento subsidente do ar provoca a sua compressão, aumentando ainda mais a temperatura e impedindo a entrada de massas de ar mais frias. Esta circulação de ar afasta, ainda, a possibilidade de ocorrer uma depressão térmica e, consequentemente, chuvas convectivas e a diminuição da temperatura.

As previsões meteorológicas apontam para que o calor se mantenha pelo menos até ao fim da próxima semana de julho. Depois, é possível que o ar mais fresco do Atlântico consiga romper a cúpula e traga chuvas e trovoadas para aliviar a situação.


FONTES: 

https://www.severe-weather.eu/
https://www.nationalgeographic.com/
https://www.ventusky.com/

Quatro curtas pelo Clube de Cinema da Escola.

terça-feira, 24 de junho de 2025 · Temas:

Queres viajar sem sair da sala? Então aparece na Casa da Cultura da Lixa na próxima sexta-feira, dia 27 de junho, às 19h. O Clube de Cinema do Porto tem 4 curtas-metragens espetaculares para te mostrar! Larga o ecrã do telefone e vem para a tela de cinema! Encontramo-nos lá? :) Ah! E a entrada… é gratuita!

Uns minutos sobre a Europa - III Parte.

· Temas:

Viajar na Europa é como andar de comboio entre paragens de charme: segura, variada e (quase sempre) com hospedeiras simpáticas. Os vídeos do 8G mostram isso mesmo, que saltar de Portugal para Milão ou de Paris para Berlim é tão fácil como trocar de fila no supermercado, graças ao espaço Schengen. E sim, mesmo com receios de carteiristas, a polícia está lá para dar aquele ar de "está tudo controlado"...


Na verdade, cada país tem o seu charme: os franceses talvez não nos recebam de braços abertos, mas o Arco do Triunfo impõe respeito (e dá boas selfies). Em Espanha, entre paellas e menus do dia, a vida é feita de conversas e tapas. Os alemães são diretos, educados, e falam inglês melhor do que nós achávamos. E a Itália? É um postal vivo: Coliseu, Pisa, arte por todo o lado. Portugal não fica atrás e traz à mesa as semelhanças que unem esta "família europeia".

Portanto, ser europeu é ter bilhete direto para viver, trabalhar e votar por toda a União Europeia. É saber que, mesmo longe de casa, uma embaixada amiga está por perto. É ouvir o Hino da Alegria e saber que aquelas 12 estrelas douradas da bandeira não são só decorativas, representam união e futuro. E se cultura é o que procuras, entre Oktoberfests e La Tomatinas, há sempre algo a celebrar. No fundo, viver na Europa é ter direitos, segurança… e histórias para contar.