Curvas perigosas.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013 · Temas:

Estamos de tal forma anestesiados com a receita da crise, que problemas como o pavimento das estradas, a sua intensidade de tráfego e a deficiente sinalização vertical e horizontal, nos parecem um problema menor, pormenores... Mas não são. O estado das nossas estradas nacionais e municipais está no limite, roçam mesmo o terceiro mundismo e desafiam os que nelas viajam, a malabarismos de condutor e uma atenção redobrada.

 

Exemplos há muitos; uma viagem entre o Porto e Amarante, N15, é convite para ver aquilo que há bem poucos anos nos parecia próprio de um país do Magrebe. Faltam pinturas básicas no pavimento e os amontoados de publicidade estática, arrumam com o que resta da sinalização horizontal que ainda sobrevive; os semáforos para peões apenas enfeitam a estrada que, quando serpenteia por entre o casario das localidades que atravessa (Valongo, Campo, Baltar, Paredes, Penafiel, Lixa…), parece cair num autêntico limbo de desleixo. Os municípios rejeitam responsabilidades e o Estado não quer saber.

Ora, este tema sensibilizou a Sofia e a Vera que, numa encenação realizada nas imediações da referida estrada nacional, caricaturaram de uma forma divertida o panorama descrito. Vejam.

Fervença.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013 · Temas:

- Por Andreia Costa e Rafael Moreira, 10ºE.

A área de trabalho deste Támal é a Freguesia de Fervença (Celorico de Basto) que, mesmo não parecendo, ofereceu-nos imensa matéria-prima para a nossa reportagem! Desde problemas de sinalização de trânsito até à poluição, há pormenores que carecem de atenção por parte das autoridades competentes. A nós, coube-nos fazer o alerta: vendo, ouvindo e agindo.

Zona Desconhecida.

Para o lado esquerdo situa-se a Rua do Soutal, para o lado direito a Rua Do Vinhal. E entre as duas? Qual o nome?

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Grafitos.

· Temas:

Esta forma de expressão urbana, digamos assim, é um tema recorrente do Geopalavras. Sobre ele já foram feitas reportagens, elaborados amplos textos críticos e até mesmo criado um tópico de discussão no Geodilema. Contudo, e apesar de unanimemente censurável, parece haver uma dificuldade em estabelecer a fronteira entre o que é possível, ou admissível, e aquilo que se entende como atentado ao património. Por outras palavras, reconhece-se que em determinados locais, este movimento nova-iorquino fará sentido, e há muitos nas grandes cidades. Mas grafitar monumentos seculares, paredes de edifícios, públicos ou privado, comboios ou escolas, é definitivamente uma estupidez.

 

Ora, foi por entre esta dicotomia, que o Pedro Carvalho e o Pedro Maia, do décimo D, realizaram uma interessantíssima reportagem sobre o tema: Grafitos. Vejam.

Cidades fantasma da China.

domingo, 25 de agosto de 2013 · Temas: , , ,

A China tem conduzido de uma forma insana a sua política de planeamento urbano, assente na construção desenfreada de torres e edifícios comerciais, que padecem de um problema básico: carecem de habitantes. Chama-se a esta atitude especulativa de “bolha imobiliária” e não é um fenómeno exclusivo daquele país. Aconteceu por exemplo nos EUA, contribuiu em grande parte para a crise económica espanhola e irlandesa, muito assente no crédito fácil para a aquisição imobiliária, e no nosso país, sustentou a construção civil que, pelos mesmos motivos, contribuiu para as 735 mil casas vazias em Portugal e a absurda expansão de áreas suburbanas em torno das grandes cidades nacionais.

 

Na China, pela sua dimensão, este fenómeno não criará propriamente uma crise económica. Contudo, a galopante taxa de urbanização, impulsionada pelo governo chinês que ambiciona transportar 250 milhões de habitantes das áreas rurais para cidades nos próximos 12 a 15 anos, colocará no país problemas de desenraizamento social, deseconomias de aglomeração urbanas e um previsível aumento da poluição a vários níveis, derivada de uma concentração demográfica sem paralelo no nosso mundo.

Fontes: INE / expresso.pt / dn.pt / pordata.pt / policymic.com

Um périplo pela Região.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013 · Temas:

- Por Diana Pinto, 10ºD.

O Támal é um trabalho proposto pelo professor da disciplina de Geografia, onde pudemos expor o nosso descontentamento face a algumas situações que observamos no dia-a-dia. Fiz este trabalho com base em algumas fotografias que tirei no terreno e informações que recolhi. As fotos que vamos ver de seguida são de regiões que se situam perto da nossa escola.

1º local: Airães.

O primeiro local onde detetei “crimes ambientais” foi numa escola! Embora pequena e pouco conhecida, padece de alguns problemas. A escola que me refiro é a Escola Secundária de Airães. Vejamos.

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Agentes Tamálnenses.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013 · Temas: ,

Começamos da melhor maneira, a publicação há muito prometida das reportagens / trabalhos de investigação da 4ª edição do Concurso Támal. Na sua abordagem ao problema, todas as reportagens evidenciam um tom crítico, sarcástico até, e sobretudo um “à vontade” impressionante à frente da câmara. Na verdade, esta geração de “realizadores”, nascida por entre câmaras fotográficas, telemóveis e computadores, faz um uso superior destas tecnologias que, há bem pouco tempo atrás, só estava ao alcance de alguns.

A prová-lo, temos esta primeira e multifacetada reportagem, realizada pela Ana Teles e o José Lopes, que colocou em missão dois agentes secretos Tamálenenses, no apuro de vários problemas da Escola e da Cidade. Trata-se de uma excelente reportagem, rica e criativa. Vejam.

Gentrificação.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013 · Temas: , ,

Há um termo inglês que ainda não foi formalmente apropriado pela língua portuguesa, é portanto um estrangeirismo que, dado o seu significado, forçosamente entrará no nosso léxico. Trata-se do termo gentrificação que significa o processo de transformação imobiliária e social de uma determinada zona urbana, que dita o seu aburguesamento social e a saída das populações de mais fraco poder económico.

Surge-nos isto a propósito da muito falada renovação da baixa do Porto, liderada por uma empresa municipal criada para o efeito, a Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana, que bem há pouco esgrimiu com o governo central, as verbas necessárias para a continuação do seu processo de renovação urbana da Baixa portuense.

O trabalho desta sociedade tem dado, paulatinamente, frutos. Quem conheceu, como nós, a zona dos “congregados” e a vê agora estruturalmente renovada, reconhece mérito no esforço desta empresa, na cativação de investimento privado, na renovação do edificado e na atração / potencialização da zona do ponto de vista residencial e comercial. A par desta zona, também a área envolvente à Praça Carlos Alberto mostra o esforço desta Sociedade. Espera-se que o enorme quarteirão entre a Praça de D. João I e a Rua Formosa (quarteirão do BPA), pelo seu potencial, possa tomar rumo e deixar o marasmo de abandono a que está votado há anos.

Claro está que há sempre vozes contra estas intervenções, e ainda bem. Uns reclamam sobre o tipo de solução arquitectónica tomada, outros devido ao valor e tipologia dos andares reabilitados, outros devido à perda de autenticidade com a reabilitação de cinemas em hotéis, ou até mesmo com o material urbano usado na renovação das artérias. Este espírito crítico sensível, é próprio de quem gosta imenso da sua cidade, e o portuense é assim.

Amarantinos por um dia.

terça-feira, 13 de agosto de 2013 · Temas:

Não haja dúvida que o Tâmega marca e define o belo centro histórico de Amarante, contorcendo a cidade, encastelada, em seu torno. Na verdade, contorcer é o verbo correto para definir mais uma jornada da(o) .BEGA, que encontrou todas as caches a que se propôs, num inexplicável jogo de equipa, em que cada um desempenha uma função, digamos assim…

BEGA Amarante3

Acrescente-se a curiosa atitude dos naturais da terra que, ao ver-nos esgravatar e, lá está, contorcer por entre as pedras da calçada e os galhos das árvores, nos olhavam com a naturalidade de quem está habituado observar caçadores de caches. Na verdade, a terra é prodiga nesta modalidade e compreendemos que o seu rico e interessante património natural e cultural a isso ajudam.

O céu para descobrir em agosto.

Há muitos motivos para olhar para o céu, à noite, em agosto. Neste fim de semana, e sobretudo amanhã (dia 12), a Terra, no seu movimento de translação, cruza-se com o rasto de poeiras deixadas pelo cometa Swift-Tuttle, originando uma «chuva de meteoros» denominada de Perseidas (assim denominadas devido onde o fenómeno parece ocorrer, a Constelação de Perseus) ou Lágrimas de São Lourenço. Nestes dias, e para ajudar a melhor observação deste fenómeno, o nosso satélite natural desaparecerá do céu antes da meia-noite, criando a escuridão necessária para melhor observar as estrelas cadentes.

Perseidas Med

Mas agosto traz mais surpresas astronómicas. O cometa ISON (um cometa rasante, descoberto em 21 de setembro de 2012 pelo astrónomo Vitali Nevski de Vitebsk), começa a ser visível para pequenos telescópios e binóculos, tornando-se visível a olho nu no final de outubro ou no início de novembro e permanecendo assim até o meio de janeiro de 2014. Isto acontece depois desta “maravilha gelada” ter estado invisível nos céus, devido ao brilho do Sol.  Ainda a propósito deste cometa, refira-se que pode «tornar-se extremamente brilhante se permanecer intacto […] De acordo com a revista Astronomy Now pode até se tornar mais brilhante que a lua cheia [e] tornar semelhante ao Cometa McNaught, ao Grande Cometa de 1680 […]». Dele voltaremos a falar aqui.

A par destes cometas, os céus de agosto permitem uma boa visibilidade de Mercúrio, Marte e vários outros planetas, num interessante alinhamento celestial. Júpiter, Marte e Mercúrio serão possíveis de observar a Este, nos céus matutinos do início do mês. A meio do mês, e durante a madrugada, podemos procurar Mercúrio junto à linha do horizonte, e Marte e Júpiter no alto. Quanto a Vénus, visível como se de uma estrela se tratasse, desaparece dos céus logo após o pôr-do-sol, enquanto Saturno desaparece na linha do horizonte por volta das 23 horas.

Ora, para ajudar nesta maravilhosa descoberta do céu, temos imensas ferramentas ao nosso dispor. Para PC temos por exemplo: Sky View Cafe, Google Earth Sky ou o World Wind da NASA. Já para Android temos muita coisa interessante, mas destacamos o Vortex e o Mobile Observator. Ambos excelentes se usados no campo, à noite, e com recurso a GPS.


Fontes: wikipédia / space.com / asteromia.net / oal.ul.pt

Campistas.

terça-feira, 6 de agosto de 2013 · Temas: , , ,

O poder de adaptação ao meio é sintoma de juventude. É algo que muita gente esqueceu ou, simplesmente, nunca urgiu. Contudo, quem acampou, sabe certamente do que falamos. Na verdade, o campismo é uma modalidade do desenrasca, uma verdadeira arte, e não admira o seu crescendo por aí, em festivais mais ou menos musicais, em Concelhos interiores que esperneiam por visibilidade, ou até mesmo no improviso de uma manifestação social.

Mas atenção, nem tudo o que parece é campismo! O verdadeiro campista cozinha rente ao chão, domina a grelha, lava a roupa com o mesmo detergente da louça, improvisa iluminação, não se preocupa com a arrumação das tendas (tem fé no caos),  não sabe a que horas se janta, ou até mesmo se irá jantar. Os que se acomodam em verdadeiros palácios ambulantes, bem mais confortáveis que muitas das habitações do país, e se refugiam no restaurante mais próximo, não é campista e não se desenrasca, finge-se desenrascado, pois está habituado a mordomia próprias de idades mais avançadas. Há muitos…

Isto tudo a propósito dos filmes da Semana Diferente, finalmente editados, realizados em Caminha há cerca um mês, que resultam em provas felizes de desenrascanço, criatividade e divertimento. O extraterrestre perdido e de pistola de raios na mão, as piruetas e habilidades com superpop, a descoberta antropológica de uma determinada fauna, com nomes bem característicos, ou a evidente habilidade de cantoria de alguns, são provas que, afinal, a arte do desenrascanço não é de todos, mas própria de alguns.

Julho de temperaturas elevadas.

sábado, 3 de agosto de 2013 · Temas: ,

O mês de julho apresentou temperaturas bastante elevadas, tendo ocorrido duas vagas de calor durante a primeira metade do mês. A média de temperaturas situou-se na casa dos 23,9ºC, ocorrendo o valor máximo no dia 7, com a temperatura de 46,6ºC, e o valor mínimo no dia 22, com 12,7ºC. Foi, deste modo, um mês de bastante quente, cujo valor máximo registado foi o maior registado por esta estação meteorológica até ao momento.

Médiasjulho2013