Adoro o meu plátano japonês, ponto central do meu pequeno jardim a sul. Compete com uma esgueirada fotínia e com uma manuka vermelha que, a par de um corajoso lauro, fazem o que podem na luta pela luz do sol. O plátano atingiu aquela idade de esplendor que não deixa ninguém indiferente, nem a mim, que acordo com ele e com ele tomo o pequeno-almoço.
Mas, se é bonito todo o ano, mesmo quando nada lhe resta a não ser o emaranhado de galhos que raramente ouso cortar, é na primavera, e sobretudo no outono, quando a folha se torna escarlate, que se transforma num festim para os olhos. São breves instantes do ano, é verdade, mas quando acontecem, não há fotografia que lhes faça justiça, o jardim inteiro suspira, e eu com ele.




