Sobre o cenário que se encontra patente na escola há umas semanas, mesmo à entrada do seu espaço multiusos, já tinha feito uma abordagem científica. Referi, então, que a composição era tão rica, engenhosa e criativa, que merecia também ser vista de uma perspetiva artística e até esotérica. Sobre esta última, debruçar-me-ei daqui a uns dias; para já, fica o meu olhar artístico da "coisa".
Na verdade, o cenário de infiltração não é um problema desenrascado, é um gesto artístico involuntário, uma espécie de estética da sobrevivência, onde o quotidiano cria, sem querer, uma obra sobre resistência, adaptação e precariedade tornada forma (algo comum à minha escola).
É, assim, uma escultura acidental sobre o tema das soluções e dos recursos. Uma manifestação clara de engenho humano, perante tanto meter de água.




