O meu plátano japonês.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025 · Temas:

Adoro o meu plátano japonês, ponto central do meu pequeno jardim a sul. Compete com uma esgueirada fotínia e com uma manuka vermelha que, a par de um corajoso lauro, fazem o que podem na luta pela luz do sol. O plátano atingiu aquela idade de esplendor que não deixa ninguém indiferente, nem a mim, que acordo com ele e com ele tomo o pequeno-almoço.




Mas, se é bonito todo o ano, mesmo quando nada lhe resta a não ser o emaranhado de galhos que raramente ouso cortar, é na primavera, e sobretudo no outono, quando a folha se torna escarlate, que se transforma num festim para os olhos. São breves instantes do ano, é verdade, mas quando acontecem, não há fotografia que lhes faça justiça, o jardim inteiro suspira, e eu com ele.

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Chuva, chuva, chuva!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 · Temas: ,

Querido aluno, não sei se hoje conseguiste apanhar sol e fabricar um pouco de vitamina D para fortalecer o cálcio dessa tua caixa craniana que, tal como o teu cérebro, tarda em mostrar sinais de crescimento. Se não o fizeste, tão cedo também não vais ter oportunidade, pois a previsão do estado do tempo para a próxima semana indica a passagem contínua de superfícies frontais, afetando sobretudo o noroeste da Península.


As primeiras frentes chegam já amanhã, dia 2, empurradas por um (delicioso) vento fresco de noroeste que trará chuva intensa. Nos dias seguintes, as massas de ar sucedem-se sem grande trégua, trazendo frio e humidade.

Em suma, espera-te uma semana de outono, quase inverno, no seu estado mais clássico. Perfeita para te aconchegares com um bom livro; isto, claro, se o teu cérebro permitir!

A FOCA vai à escola.

sábado, 29 de novembro de 2025 · Temas: , ,

Prepara-te para conhecer a FOCA (Focus On Critical Actions), uma associação juvenil, adoro esta palavra de uso raro e certeiro, que atua na área do ambiente. Tem fama de ensinar coisas bem fixes para a malta pôr mãos à obra, tais como, imagina: bombas de sementes, tintas feitas com sumo de beterraba (argh…), pintura de murais ambientais para várias exposições e, claro, ensinar a importância da reciclagem (sempre!).

Como é fácil perceber, estas iniciativas encaixam que nem uma luva na nossa escola. Afinal, terroristas interessados em bombas, ambientais, sublinhe-se, não faltam. E há também uma necessidade imensa de dar cor ao edifício, sobretudo naqueles dias cinzentos em que os alunos vagueiam pelos corredores à procura de um espaço (Gaming?), que tarda em aparecer.

Quanto à gritante falta de reciclagem, que motivou o contacto da Professora Ângela e o meu com a FOCA, estou esperançado de que as meninas “juvenis” que nos visitarão no próximo dia 5, sexta-feira, tragam magia e encanto suficientes para que gente bem mais velha perceba, de uma vez por todas, que o ambiente não aguenta sem a nossa ajuda.

A ação decorrerá naquele cantinho do refeitório, junto ao bar, contará com os delegados das turmas do 9.º ano e, se possível, com todos os que quiserem contribuir. Afinal, quem é que não está interessado em aprender a fazer uma bomba?

Uma instalação científica.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025 · Temas: ,

Estamos em plena época das chuvas, algo que acontece, sem grande novidade, desde o final da última glaciação, por esta altura do ano. Por outras palavras, até o rato Mickey sabe que, no outono e no inverno, chove com abundância. Mas, pelos vistos, a empresa (ou organismo) que tutela o edifício e zela pela sua manutenção ignora esse facto climatológico. O resultado está à vista: buracos no teto provocados por infiltrações de água da chuva, um pouco por toda a escola.

A situação é de tal ordem que já ameaça tornar-se uma efeméride da casa, daquelas que se assinalam no calendário, viram moda e dão azo a comércio. Estou mesmo a imaginar uma linha de guarda-chuvas para uso interior e exterior; ou gabardinas e galochas coloridas, para circular pela escola com segurança, realçando, por contraste, as insípidas paredes brancas que a caracterizam.

Entre tanto engenho improvisado, há uma instalação que merece ser analisada de três formas: científica, artística e esotérica. Encontra-se mesmo à porta da reprografia, encostada à entrada do mausoléu da escola, o multiusos, onde o teto falso já abdicou das suas funções para dar lugar a uma peça digna deste artigo.