Uma instalação artística.

domingo, 7 de dezembro de 2025 · Temas: ,

Sobre o cenário que se encontra patente na escola há umas semanas, mesmo à entrada do seu espaço multiusos, já tinha feito uma abordagem científica. Referi, então, que a composição era tão rica, engenhosa e criativa, que merecia também ser vista de uma perspetiva artística e até esotérica. Sobre esta última, debruçar-me-ei daqui a uns dias; para já, fica o meu olhar artístico da "coisa".



Na verdade, o cenário de infiltração não é um problema desenrascado, é um gesto artístico involuntário, uma espécie de estética da sobrevivência, onde o quotidiano cria, sem querer, uma obra sobre resistência, adaptação e precariedade tornada forma (algo comum à minha escola).

É, assim, uma escultura acidental sobre o tema das soluções e dos recursos. Uma manifestação clara de engenho humano, perante tanto meter de água.

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Sementes de esperança.

sábado, 6 de dezembro de 2025 · Temas: ,

Confesso que não contava com tantos participantes a assistir à vinda da FOCA à escola. E digo isto porque estou habituado à indiferença e, por vezes, à sabotagem discreta, de muita gente perante iniciativas de cariz ambiental e cívico.

Por isso, foi com verdadeiro prazer que vi alunos de todos os níveis do ensino básico a convergir para junto das meninas da FOCA (as Anas, a Gabriela, a Luísa, a Maria e a Rita), que representam aquilo que a sociedade tem de mais valioso: jovens protagonistas de um futuro que, entre tantas causas urgentes, não esquecem os princípios ambientais mais básicos.

Vieram cansadas da viagem e da fase de exames que atravessam, mas, ainda assim, explicaram com clareza quem eram e ao que vinham, estimulando muitos dos nossos alunos a olhar para a causa ambiental com outro sentido de responsabilidade. Pelo meio, ensinaram, de forma simples, a fazer bombas de sementes e tintas ecológicas, não necessariamente o mais importante, porque o essencial foi a atitude: a vontade de passar conhecimento, de inspirar, de mostrar que pequenas ações podem ter impacto real.

O meu plátano japonês.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025 · Temas:

Adoro o meu plátano japonês, ponto central do meu pequeno jardim a sul. Compete com uma esgueirada fotínia e com uma manuka vermelha que, a par de um corajoso lauro, fazem o que podem na luta pela luz do sol. O plátano atingiu aquela idade de esplendor que não deixa ninguém indiferente, nem a mim, que acordo com ele e com ele tomo o pequeno-almoço.




Mas, se é bonito todo o ano, mesmo quando nada lhe resta a não ser o emaranhado de galhos que raramente ouso cortar, é na primavera, e sobretudo no outono, quando a folha se torna escarlate, que se transforma num festim para os olhos. São breves instantes do ano, é verdade, mas quando acontecem, não há fotografia que lhes faça justiça, o jardim inteiro suspira, e eu com ele.

Chuva, chuva, chuva!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 · Temas: ,

Querido aluno, não sei se hoje conseguiste apanhar sol e fabricar um pouco de vitamina D para fortalecer o cálcio dessa tua caixa craniana que, tal como o teu cérebro, tarda em mostrar sinais de crescimento. Se não o fizeste, tão cedo também não vais ter oportunidade, pois a previsão do estado do tempo para a próxima semana indica a passagem contínua de superfícies frontais, afetando sobretudo o noroeste da Península.


As primeiras frentes chegam já amanhã, dia 2, empurradas por um (delicioso) vento fresco de noroeste que trará chuva intensa. Nos dias seguintes, as massas de ar sucedem-se sem grande trégua, trazendo frio e humidade.

Em suma, espera-te uma semana de outono, quase inverno, no seu estado mais clássico. Perfeita para te aconchegares com um bom livro; isto, claro, se o teu cérebro permitir!