Abate de árvores na escola.

domingo, 9 de fevereiro de 2025 · Temas:

Perante o espetáculo, dirão alguns que é por uma questão de segurança. É verdade. Mas, aos poucos que questionam se era uma inevitabilidade, nós respondemos: não.

As árvores que estão a ser abatidas têm mais de 40 anos e assistiram a praticamente toda a história da escola. Um dos seus capítulos marcantes, talvez o maior, foi a profunda intervenção que esta teve há cerca de 14 anos, quando se alargaram edifícios, criaram blocos de aulas, e todo o espaço florestal foi repensado. Quando as obras terminaram, a entidade responsável pela obra, então a Parque Escolar, entregou-nos um edifício novo, confortável e seguro. Os espaços verdes surgiram com plantas autóctones, foram plantadas sebes de lauros, bétulas e mantiveram-se parte dos diospireiros e praticamente todas as folhosas que bordejavam o perímetro da escola. Os jardins eram aprazíveis e seguros, e assim foram entregues. 

Mas, como em qualquer jardim, há necessidade de manutenção. No entanto, não nos recordamos de uma única poda planeada e programada para as árvores, que, entretanto, cresceram durante mais 14 anos. Esta é a resposta à inevitabilidade: foi a indiferença que ditou o abate de dezenas de carvalhos, plátanos e pinheiros, o que, para além do impacto estético e ambiental, também transmite uma mensagem pedagógica errada.

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