«- Vamos ficar aqui a olhar para isto?».

quinta-feira, 29 de março de 2018 · Temas: , ,

Este pequeno vídeo de valia antropológica, prova o que há muito suspeitamos: lidamos com gente perfeitamente anormal. Na manhã seguinte à noite de “pouco sono”, os nossos queridos aprendizes aproveitavam qualquer canto do Mosteiro de Alcobaça para se encostar e refastelar os neurónios ensonados. Bahhh!

Assim, se entenderem perder tempo e visualizar o vídeo documental, advertimos para o efeito de contágio que dele possa advir, pelo que recomenda parcimónia na sua interpretação intelectual. Em suma, e moral da estória: se alinhares numa visita de estudo com pernoitas à mistura, estiveres cansado, compra tampões de ouvidos, vai-te deitar, e não ligues ao que os outros dizem.

Um mundo a descobrir.

quarta-feira, 28 de março de 2018 · Temas: , , ,

Desafiamos os nossos pequenitos do oito “cê” e “dê”, a partir à descoberta cultural do mundo! É verdade, não fizemos a coisa por menos! Passamos-lhes a câmara de filmar, concedemos-lhes o estúdio, transformando um bolorento teste de Geografia numa atividade que talvez os venha a marcar. Aliás, é o objetivo maior! Bem mais do que quantificar percentagens numa folha de Excel, interessa-nos, particularmente, fazer desbravar o mundo, apetrechando-os de ferramentas para os desafios do amanhã.

Ainda neste último fim-de-semana, num jantar, falávamos com alguém da nossa roda de amigos, profundamente ligado aos recursos humanos e recrutamentos de jovens, e ouvimos aquilo que intuímos há muito: as empresas, grandes e pequenas, o mundo do trabalho em geral, não se interessa por currículos recheados de formações e academismo, decorado por elevadíssimas médias académicas. Interessa-lhes sim, as “soft skills”, que mais não do que capacidades múltiplas (atitude, comunicação, pensamento criativo, ética laboral, trabalho em equipa, etc.), que se constituem como ferramentas perante os desafios que o mundo laboral atual, altamente competitivo, demanda.

Por isso, achamos que a nossa forma pouco ortodoxa de encarar o ensino, a nossa ultra-exigência em determinados pormenores que esbarram no “desenrasquismo” e uso de “soft skills”, talvez faça confusão a muitos. Mas, cremos que estamos a incentivar (preparar) gente para o mundo não acarneirado. Afinal, substituir testes por vídeos, rebuscar trabalhos, avaliar debates, plantar girassóis ou exigir uma surpresa em torno de uma viagem internacional, é estranho! Será? A sociedade o dirá.

Ideias em árvores.

segunda-feira, 26 de março de 2018 · Temas:

Os ovos de Páscoa traduzem a fertilidade da época primaveril, um despertar de ciclo. Mas, são mais do que isso. Materializam a imaginação daqueles que os pintam, escondem, e até põem ao dependuro em árvores, e por isso, bem mais do que meros objetos simbólicos; são uma atitude que não se estagna e provoca, faz olhar, admirar e fotografar.

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Trabalho plástico realizado pela Professora Célia Costa, no âmbito do Clube Europeu do AEL.

O cair de um pano.

domingo, 25 de março de 2018 · Temas: ,

Estamos muito felizes com o teatro “Atmosférico” que os nossos alunos de humanidades levaram ao palco do Pequeno Auditório da ESL. E por um duplo motivo: toda a criatividade produzida e encenada pelas quatro estórias de Deuses do Olimpo, birrentos e a caminho da Costa da Caparica, reflete quatro longos anos (espalhados pelo Geopalavras) de incentivo à diferença e apelo à criatividade; devolve-nos também a sensação de autonomia que nos permite uma outra, a de um certo dever cumprido, visto o caminho que já parecem saber percorrer.

Rumar anovas paragens.

Neste sentido, e como em todas as relações próximas e dramáticas, há um princípio, uma fase ótima e uma final onde a necessidade de novos palcos e atores diferentes se torna um objetivo permanente. Sem esta demanda, nada faz sentido. No fundo, chama-se a isto “a vida”, seja ela pessoal ou até mesmo profissional, palco onde se cumpre etapas com diferentes protagonistas.

O telemóvel no PC com o Scrcpy.

sábado, 24 de março de 2018 · Temas:

Já tínhamos experimentado soluções próximas, mas não como o Scrcpy, que permite espelhar o telemóvel (através de cabo usb) no ecrã de um PC e comanda-lo através deste com o rato e o teclado. A virtude da aplicação está precisamente neste controlo, para mais porque há soluções concebidas para expressamente para o Android que são úteis, por exemplo, no mundo do ensino e nomeadamente na lecionação.

No limite, e com o processo bem afinado, podemos levar no telemóvel, toda uma aula, projetar vídeos e imagens, interagir com aplicações, editar textos, imagens e tabelas. Os passos de instalação do programa estão no vídeo que realizamos; os ficheiros estão aqui e as dúvidas e dificuldades podem ser-nos colocadas por email.


Fontes:  https://github.com/Genymobile/scrcpy // https://www.xda-developers.com/install-adb-windows-macos-linux/

A pedra, a luz e o vento.

quinta-feira, 22 de março de 2018 · Temas: ,

Começamos por três considerações prévias sobre esta viagem de estudo ao Oeste. Primeira: apesar da sua simplicidade, custou muito a edificá-la; segunda: gostamos muito da postura dos alunos que, inclusivamente, nos fizeram rir; terceira: a aposta ganha na simplicidade de dois momentos e muitos valores.

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O Oeste é a região ondulada e fértil em vento que, à semelhança do “Norte” ou do comum Algarve, vê o povoamento promíscuo e disperso pautar a paisagem. Pródiga em vilas e cidades, a região está mediada entre o Mondego e o Tejo, é fértil em história e abençoada pelo calcário alvo, que lhe dá a luz e enforma a paisagem.

A Pedra. Foi precisamente dentro das formas esculpidas pela água que nos iniciamos. As grutas de Mira de Aire, segundo o técnico superior de turismo que nos guiou pelas belíssimas entranhas geológicas buriladas pela água, padecem do muito  a fazer no que toca à sua promoção, isto numa região cujo tecido empresarial, sobretudo ligado aos têxteis, abateu, deixando para traz paisagem passível de um necessário aproveitamento turístico.

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A Luz. O céu limpo, o sol, abençoou a nossa visita ao mosteiro de Alcobaça, realçando a alvura dos imponentes pilares de calcário, que elevam a cerca de 20 metros o teto gótico igreja. E o festim continuou. Os dormitórios, a sala do capítulo, a adega, a cozinha e a sua imponente chaminé, ou o romântico claustro, onde vagam Pedro e Inês… dotam o gigante monumento nacional de incompreensível tom acolhedor, próprio para turistas e guias de turismo.

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O Vento. O elemento que secundou a luz,fez-se sentir durante toda a viagem mas, sobretudo, no imenso areal da Figueira, quase mar alto, e onde o atrito se apaga. Ali, o vento que parecia diverti-se connosco, proporcionou-nos certamente algumas das mais belas fotografias que alguma vez obtivemos. Com elas regressamos, junto do resto das memórias, plenos de um belíssima viagem de estudo. 

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Um dia de sensações!

sexta-feira, 16 de março de 2018 · Temas: , ,

Estava escrito nas estrelas, que um dia seria assim: múltiplo de sensações gastronómicas, vertigem pela velocidade e conhecimento pratico.  Aconteceu ontem numa visita de estudo envolvendo os alunos do CEF de serviço de mesa, um conjunto de “malandros” do qual todos os professores gostam e, sobretudo, entendem muita das suas especificidades. Caso contrário, esta iniciativa não teria lugar.

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O dia esquizofrénico começou, imagine-se, numa fábrica de processamento de carnes, de absolutas regras de higiene, e acabou num kartódromo indoor em Matosinhos, onde os nossos Técnicos de Serviço de Mesa provaram imensas aptidões ao volante.

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Visitamos também a cozinha de um restaurante e o modo com são armazenados / processados os alimentos. Revimos as regras de higiene e segurança alimentar e esclarecemos alguns mitos. Ao almoço, fomos ao “chinês”! O almoço, de nomes estranhos, pôs muita gente de olhos em bico; pela comida… mas sobretudo pela interação dos alunos com os donos do Asiático. Foi algo que nos culminou o dia, pois provou que não é só de conteúdos, exames e provas, que se faz um aluno.

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Resumindo o dia, oferece-nos dizer uma coisinha. Não obstante muita “coisa” própria de uma turma complexa, com a qual o professores (leia-se em geral), quase desarmados, lidam e manobram diariamente, estes nossos aprendizes provaram que ter a importante interação com o mundo real, rindo e fazendo rir, dialogando como gente grande. E isso, para nós, é quase tudo.

Quadro orgânico.

terça-feira, 13 de março de 2018 · Temas: ,

Apregoamos à utilização orgânica do quadro cinza da sala de aula. Aquele onde se colocam lembretes, avisos à navegação, recordações e projetos. Aquele onde se imprime a verdadeira força do polegar, esforçando-o a cravar pionés que seguram informação de peso. Sim, porque no quadro orgânico, não se colocam irrelevâncias. Tudo é ponderado, porque esforçado, mesmo que às vezes assim não o pareça.

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Missões impossíveis!

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A lista de missões impossíveis, destinada à equipa Erasmus da Missão: Budapeste, não para de aumentar. Há de tudo um pouco: desde cantorias a danças, envolvendo alunos ou professores, pedidos para ir ao WC com sotaque da “ibicta”, ou até mesmo uma simulação de ataque “fangirl”, conciliado fotografias, etc….., a um gajo “bom como o milho”, perdido por terras húngaras!

Tarefas Missão Budapeste

Perante estes desafios (que convinham não permanecer anónimos), temos uma coisinha a dizer: não se esqueçam que levamos gente gente capaz de de dar conta de qualquer tipo de recado! Aliás, ousadia e loucura não faltam nesta equipa de bigodes! Por isso, continua a escrever, pois os teus desejos, em Budapeste, são ordens.


PS: Ah! Prometemos que no próximo artigo sobre este tema, tentaremos escrever menos conversa fiada…

Quando se adia um teste.

domingo, 11 de março de 2018 · Temas: , ,

Adiar um teste a pedido dos alunos, tomando a decisão ao fim-de-semana, é um verdadeiro berbicacho! Uns podem, outros não; uns respondem, outros não; uns não querem saber, outros “tanto lhes faz”, outros lutam, outros beneficiam da luta; alguns foram à catequese e à missa.

Adia o teste!

E é assim que se criam pessoas de valia, que arrepiam caminho, rompem o estabelecido, alavancam causas maiores ou menores, dialogando com professores que lhes incutem a tal, dando o real uso às redes sociais. Desta vez, a causa foi um mero teste de Geografia A. Quem sabe o futuro?

Tempestade Félix.

A tempestade Félix que assola o território continental é, tecnicamente, uma baixa pressão termodinâmica que ganhou corpo ao largo dos Açores, e evoluiu para leste em forma de tempestade, vistas as características do vento e precipitação.

Por consequência, o território continental assiste assim à passagem de uma frente oclusa, sinónimo de chuvas intensas e ventos fortes, que nas zonas montanhosas e costeiras, de baixo atrito, deverão atingir valores extremos. No horizonte temporal vislumbra-se a aproximação de uma frente quente, que já afeta os Açores, e é previsível vir a afetar o território continental nos próximos dias.

Missão nº1: apresentação.

sexta-feira, 9 de março de 2018 · Temas:

Não temos certezas, mas desconfiamos que gostamos mais do processo do que o usufruto do mesmo. Por isso, todo este mundo trabalhado com vídeos, fotos, o Vegas e o Photoshop e alunos que já provaram ter ideias. De outro modo, estávamos a fazer outra coisa. Assim, daqui até maio próximo, vamos criar uma série de episódios denominados por “Missões”, numerados, tal como acontece no mundo das séries televisivas, que se baseiam na realidade. Contudo, nós vamos fazer o contrário: inverter a lógica e levar a ficção à realidade. Com isso, criar criatividade!

Atribui-nos uma missão (impossível)!

quinta-feira, 8 de março de 2018 · Temas:

No canto do Erasmus+ da ESL, há novidades: já é possível ver a foto de cada um dos nossos “espiões” de Budapeste e uma folhas manhosas, pautadas, onde poderás propor-nos “missão” que, descrevendo, numa frase, no que consiste. Esta poderá ser individual ou conjunta, envolver professores e ou os alunos estrangeiros.

Mural Budapeste 1

Sugestões: podes pedir vídeos comprovativos de atos bizarros (tipo: os portugueses sabem dançar; “só sei falar português e estou perdido”; abraços e xi corações nas praças de Budapeste…); ou fotos de missões a roçar o “verdade ou consequência”, envolvendo, exclusivamente, alunos Erasmus.

Ora, se imaginação é por tua conta, os prémios (“recuerdos”) que vamos trazer da Hungria para atribuir às três “missões” mais originais, são da nossa responsabilidade. Assim, mexe-te! Escreve a tua “missão” numa das folhas manhosas, inclui o teu nome e turma e poderás ganhar “bolas de Berlim” de Budapeste!

Planta da sala!

quarta-feira, 7 de março de 2018 · Temas: ,

Os sorrisos somados através da contemplação de uma planta de sala de aula, equivalem, grosso modo, ao grau de contentamento dos alunos no seu lugar dentro da mesma. Ou seja, inversamente proporcional àquilo que se pretende de uma planta de sala de aula.

Planta Sala 10C

Por outras palavras: quanto mais sorrisos, pior distribuídos estão os alunos; quanto mais caras tristes, melhor! Esta última premissa, é fundamental para o paulatino aumento da massa cinzenta que, sabemos bem, na precoce idade, ainda se forma e se define! Por isso, façamos todos um esforço em prol do aumento da massa cinzenta, e toca a fazer cara “feia”, de início ao fim da aula.

Missão: Budapeste.

domingo, 4 de março de 2018 · Temas:

Os alunos selecionados pela equipa de professores do programa Erasmus+  do Agrupamento de Escolas da Lixa (que contou com a colaboração da Professora Esmeralda), para participar na viagem a Budapeste são os seguintes: João Goucho, Beatriz Brochado, Diogo Magalhães e Sofia Francisco.

Seleção Hungria 2

Acrescemos mais um lugar ao inicialmente proposto, vista a possibilidade húngara em acolher mais um aluno. Fizemos mais ginástica financeira, trocamos, à pressa, mais umas dezenas de emails, gastamos mais umas horas, arranjamos mais umas consumições, mas incluímos um excelente e merecido 4º lugar.

Anjo Caído!

Quando a ouvimos pela primeira vez, não acreditamos! Mas é verdade. A Eliana possui voz de anjo e, o que mais nos encanta, presença! Foi convidada pelo Dez F a participar na atividade: «Em turismo sê romântico!» e encantou a plateia, composta por alunos, funcionários e também professores.

Já agora, e a propósito da atividade que motivou esta aparição, temos uma palavrinha final a acrescentar ao muito já escrito. O abraço que o F deu na oportunidade, determinou o sucesso do seu empenho; na forma e conteúdo. E só um coletivo, ágil, pode alcançar o conseguido. Não se esqueçam.

InterRail.

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«[…] A educação não é apenas aquilo que aprendemos na aula, mas o que descobrimos sobre as culturas e tradições dos nossos concidadãos europeus». A frase, proferida pelo comissário europeu da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Tibor Navracsics, marcou o relançamento do programa InterRail, algures moribundo, por entre a exponencial oferta de viagens aéreas, altamente competitivas.

Campismo 2007 Foto - 161

O programa prevê atribuir passes grátis a jovens que atinjam a maioridade este ano, e em breve abrirá a primeira fase de candidaturas. Trata-se de uma excelente iniciativa, que faculta o verdadeiro “conhecer” a Europa, de forma aventureira, de mochila às costas e um enorme espírito aberto. Quando começamos a acampar “lá fora”, e em viagem, cruzámo-nos com um canadiano, que há 2 meses circulava pela Europa, de guitarra na mão e mochila às costas. Aquilo marcou-nos, para sempre.


Fonte: WhatsApp da professora Paula! // https://www.interrail.eu/en

Fotogramas de uma seleção.

sábado, 3 de março de 2018 · Temas:

Já apuramos o nome dos alunos que nos vão acompanhar nesta missão a Budapeste, que ansiamos visitar há muito, para mais, pela primavera! Banhada pelo Danúbio, é um colosso de milhões que se espraia nas planícies do rio; um frequente cenário de filmes e inspiração de romances!

Fotogramas de uma seleção

Mas, estamos também muito felizes pela opção que tomamos, ao mudar os critérios de seleção dos alunos. Por um lado, sentimos que deste modo não excluímos uma parte da Escola. Afinal, e mesmo que assim não fosse, o mote deste projeto é: “Os teus direitos são os meus direitos”. Por outro lado, entendemos que assim, permitimos que todos  se pudessem submeter à liça, em igualdade de circunstâncias e sem circunscrições.

Nas apresentações, cujo mote: “Surpreende-nos e vais connosco à Hungria!” apelava à criatividade não circense, fomos surpreendidos, em alguns casos, pela forma e pelo conteúdo. Não obstante, houve muita centralização no “eu”, no divertimento que o “eu” quer… Aliás, os parcos relatos dos alunos que lemos, face a tanta efusão…  versavam não o coletivo e a essência do projeto, mas sobretudo o “eu”. Condenável? De todo! Próprio da idade. Todavia, e na mesma faixa etária, há quem já se permita o coletivo, e nos faz sorrir! São esse os nossos selecionados para Budapeste.