Bruxelas e Amesterdão numa viagem de estudo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023 · Temas: ,

É sempre importante viajar, insistimos, por tudo o que nos provoca e desperta. Mas o desafio de viagem a que nos propúnhamos há uns anos, não é o mesmo de agora; seria demasiado fácil. Por isso, complicamos, rendilhamos e desse modo tornamos a experiência mais intensa e marcante. É uma questão de desafio, portanto.



Por isso as duas capitais, o comboio, os ferrys, as app´s turísticas e, mais importante, a responsabilidade (diluída por dois companheiros de viagem) de levar uma mão-cheia de alunos numa aventura ousada, com pouco dinheiro, e onde o desafio foi ver e absorver muito em pouco tempo. 

Revisitamos Bruxelas, mas sentimos que pujança monumental das imensas avenidas, assentes nas fachadas dos edifícios seculares, está baça. Reina uma certa anarquia ao nível da rua, suja e sem fio condutor, onde as lojas não cumprem as mais elementares regras estéticas e urbanas. Cada comerciante faz o que entende, num espaço publico muitas vezes usurpado como extensão comercial. Não obstante, o coração da Europa, divertido e seguro, ainda atrai e merece uma visita mais pausada e, quem sabe, fora dos roteiros turísticos.

Grande parte da responsabilidade de termos aterrado numa capital e levantado de outra, prende-se a geografia da viagem de comboio que realizamos entre ambas. São cerca de 3 horas de horizonte verde e de perder a vista, onde é possível ver a ruralidade da Flandres e Países Baixos, diques, típicos moinhos de vento, e uma profusa e funcional rede de ferroviária. Foi uma aposta ganha, aquela que nos levou à Gare Central de Amesterdão, que norteia a planta e os canais da cidade.



Amesterdão é tudo aquilo que se possa elogiar. Um sistema de transportes eficaz, um núcleo histórico cuidado e seguro, onde o bulício das bicicletas dos seus habitantes, marca a paisagem urbana que parece parada num domingo de manhã. Foi de facto um prazer, perdemo-nos conscientemente naquelas ruas sempre iguais, mas tão diferentes, onde a cada dobrar da equina se descobre uma montra, um café ou pormenor delicioso na fachada de uma casa. 

Deixa um comentário