Arte e oratória.

domingo, 10 de abril de 2022 · Temas: , ,

Apesar de muitas diretrizes e recomendações, continuamos a observar um ensino retórico nas escolas, baseado no pressuposto das esponjas absorventes, ou seja, alunos de capacidade infinita para ouvir, acumular conhecimento teórico e arrumá-lo em gavetas, pronto a pôr em ação quando chamado à liça. Há quem naquele acredite, por ser fruto de tal ou por comodidade, e há quem não veja naquilo um caminho para a realidade multidimensional que nos rodeia e que o futuro incentiva.

Vejamos, somos professores de Geografia, mas transformamos testes de avaliação em peças teatrais, onde o enredo visa uma solução estrutural para um problema agrícola. E depois de um mês de ensaios, arrelias, pormenores da dimensão de cinco turmas, reforçamos a ideia e estamos cientes de ter ensinado, através da autodescoberta, bem mais do que nos é exigido. Leia-se a criatividade, a oratória, o humor como prova de inteligência, a linguagem corporal, a autoconfiança e, claro está, conceitos de geografia agrícola.




Sabemos que muitos dos nossos leitores também foram Marilenes, Jarbas, fantasmas, tiveram medo de aranhas ou adoravam cenouras, nunca o esquecerão, e é confortável observar o que cada vaga de alunos consegue fazer com o cenário e personagens a desempenhar. Então como agora, no bastidor e no palco, há belas revelações que nos incentivam o método, e podem moldar a determinação, confiança e o reconhecimento do esforço de um verdadeiro trabalho de grupo, ao qual os sorrisos de uma plateia são reflexo de sucesso.

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