A densidade populacional é um indicador básico de análise geográfica e trata da divisão do número de habitantes por unidade de superfície. Contudo, este indicador, como qualquer outro, apresenta algumas dificuldades de aproximação à realidade.
Daí o nosso tremendo destaque a este mapa interativo sobre a densidade populacional mundial, produzido pela Comissão Europeia e baseado em dados censitários recentes. É talvez o melhor que já nos surgiu sobre este indicador, permitindo leituras fidedignas da distribuição da população a diferentes escalas e ou desagregações geográficas: países, regiões ou até áreas metropolitanas.
Contudo, neste último tocante, o mapa enferma de algumas dificuldades no entendimento daquilo que é uma área metropolitana. De facto, se a delimitação fronteiriça entre países facilita ao rácio dos habitantes por unidade de superfície de cada país, no caso das cidades, “seres mutantes” e, por norma, de crescimento variável, a tarefa requer um entendimento maior de cada caso, pois as cidades não tem fronteiras e o seu tamanho não corresponde necessariamente ao seu número de habitantes.
Veja-se, neste sentido, o trabalho realizado Matthew Hartzell, que ordenou as maiores cidades mundiais, de forma simples, por ordem do tamanho da sua população.
Superada a dificuldade de as delimitar, grosseiramente, este geógrafo constatou, por exemplo, que as cidades norte-americanas apresentam áreas maiores do que as europeias e asiáticas, sem que isso se traduza num maior número de habitantes. Ou seja, na equação área metropolitana há que correlacionar uma séria de outras variáveis, tais como o relevo (que nas cidade norte-americanas, por estarem assentes em zonas planas, facilita as sua expansão), a história da arquitetura urbana (menos expansiva e ou minimalista na Europa e Ásia), a economia, a cultura, entre outras.
Fontes: World Population Density // EU SCIENCE HUB // Cty Geographics // Matt Hartzell's Blog