A exploração do volfrâmio remonta pelo menos ao início do século XX sendo que a sua extracção terminou na década de sessenta. Portugal foi um importante produtor mundial, sobretudo no período das duas Guerras Mundiais (em especial nos anos 1941-42) e posteriormente com a Guerra da Coreia, na década de cinquenta, que proporcionou outro "pico" de produção.
O volfrâmio «foi estratégico para os dois blocos em conflito na Segunda Guerra Mundial pois era essencial para a indústria de armamento, tendo assim desempenhado um papel de grande relevância nas relações diplomáticas de Portugal nesse período, uma vez que existia no território nacional. João Paulo Avelãs Nunes, autor da obra: “O Estado Novo e o Volfrâmio (1933-1947)”, foca essencialmente, o subsector luso do volfrâmio na década de 1930 – quando estava a atravessar uma crise e começa a iniciar uma lenta reactivação – e ao longo dos anos quarenta do século XX, com destaque para o período da Segunda Guerra Mundial.
Face à relevância atingida pelo metal, de 1941 a 1944, na economia de guerra dos Aliados e, sobretudo, do Terceiro Reich nacional-socialista, o autor considerou a política externa e as concepções geoestratégicas da ditadura chefiada por António de Oliveira Salazar, as ligações de Portugal às problemáticas do “ouro nazi” e do Holocausto e o modo como, depois de 1945, foi encarada a comunidade germânica no território nacional. Considerou ainda as implicações da actividade extractiva ao nível do desenvolvimento local, regional e nacional e a presença ou a ausência do volframista e das corridas ao volfrâmio na memória colectiva histórica».
O volfrâmio em 1942 estava oficialmente cotado ao preço de 150 escudos (75 cêntimos) o quilo. No entanto no mercado livre vendia-se a 500 escudos chegando, no pico do conflito mundial, a transaccionar-se a 1000 escudos. Nessa altura um mineiro ganhava 18 a 20 escudos por dia e um trabalhador rural 7 a 8 escudos, importâncias que permitem relativizar o valor do metal na altura.
Fontes: agenda.universia.pt // geologia.aroucanet.com // Fotos: J. J. Roseira – Panorâmio
A chamada mina do Seixoso, foi tornada Couto mineiro em 21-09-1950, com o nº54 e incluia além das seguintes: Tapada do Lobo; Alto da Pinaça; Tapada da Bemposta e Tapada da Bemposta nº 1, todas pertencentes à freguesia de Borba de Godim, Felgueiras.
ResponderEliminarO mineral explorado foi ESTANHO, e não volfrâmio.
Também foi explorado volframio, o meu avô foi uma das pessoas responsáveis nesse local, era o Sr. Pais.
ResponderEliminaré pena atualmente já não se encontrarem e já não se verem estas minas , está tudo ao abandono , dava uns bons passeios e umas boas visitas de estudo
ResponderEliminarVale a pena visitar, estive lá hoje é tem bons acessos .
ResponderEliminarMeu amigo Unknown, o Serafim Pais era capataz das minas do Seixoso em Macieira da Lixa. Onde conheci muito bem. Grande abraço
ResponderEliminarÉ absurdo converter escudos dos anos 40 para euros ao câmbio de 2001. Os poderes de compra não são comparáveis.
ResponderEliminarOs donos são a família Melo de Amarante , Natália, Emília e António.
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