A pedra, a luz e o vento.

quinta-feira, 22 de março de 2018 · Temas: ,

Começamos por três considerações prévias sobre esta viagem de estudo ao Oeste. Primeira: apesar da sua simplicidade, custou muito a edificá-la; segunda: gostamos muito da postura dos alunos que, inclusivamente, nos fizeram rir; terceira: a aposta ganha na simplicidade de dois momentos e muitos valores.

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O Oeste é a região ondulada e fértil em vento que, à semelhança do “Norte” ou do comum Algarve, vê o povoamento promíscuo e disperso pautar a paisagem. Pródiga em vilas e cidades, a região está mediada entre o Mondego e o Tejo, é fértil em história e abençoada pelo calcário alvo, que lhe dá a luz e enforma a paisagem.

A Pedra. Foi precisamente dentro das formas esculpidas pela água que nos iniciamos. As grutas de Mira de Aire, segundo o técnico superior de turismo que nos guiou pelas belíssimas entranhas geológicas buriladas pela água, padecem do muito  a fazer no que toca à sua promoção, isto numa região cujo tecido empresarial, sobretudo ligado aos têxteis, abateu, deixando para traz paisagem passível de um necessário aproveitamento turístico.

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A Luz. O céu limpo, o sol, abençoou a nossa visita ao mosteiro de Alcobaça, realçando a alvura dos imponentes pilares de calcário, que elevam a cerca de 20 metros o teto gótico igreja. E o festim continuou. Os dormitórios, a sala do capítulo, a adega, a cozinha e a sua imponente chaminé, ou o romântico claustro, onde vagam Pedro e Inês… dotam o gigante monumento nacional de incompreensível tom acolhedor, próprio para turistas e guias de turismo.

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O Vento. O elemento que secundou a luz,fez-se sentir durante toda a viagem mas, sobretudo, no imenso areal da Figueira, quase mar alto, e onde o atrito se apaga. Ali, o vento que parecia diverti-se connosco, proporcionou-nos certamente algumas das mais belas fotografias que alguma vez obtivemos. Com elas regressamos, junto do resto das memórias, plenos de um belíssima viagem de estudo. 

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