Tempo de podar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023 · Temas: , ,

O património florestal da Escola Secundária da Lixa é uma das maiores valias de todo o recinto, mas por vários motivos tem sido muito mal tratado nos últimos anos. Mas já lá vamos. Nos jardins da escola podemos encontrar, em predominância: carvalhos-alvarinho (Quercus robur), vidoeiros-brancos (Betula pendula), nogueiras-do-japão (Ginkgo biloba), bordos (Acer pseudoplatanus), pinheiros-mansos e bravos (Pinus pinea e Pinus pinaster), um par de castanheiros (Castanea sativa), e um valente pelotão de diospireiros (Diospyros Kaki) que bordeja a escola a poente.



A maioria das folhosas foi plantada há décadas, coincidindo com a radicação da ESL naquele local; outras, aquando da remodelação executada pela Parque Escolar e, mais recentemente, a Direção da escola substituiu um conjunto de árvores que secaram, por nogueiras-do-japão. Portanto, trata-se de um conjunto rico, diverso e único na cidade da Lixa, mas que carece de uma gestão contínua, assente numa visão integral do espaço que, infelizmente, só é intervencionado em jeito de remedeio.

Estamos em crer ser na diluição das responsabilidades sobre o espaço, que reside o problema e um certo desleixo. Vejamos, tecnicamente é à Parque Escolar que compete plantar, replantar e cuidar; o município, por sua vez, contribui com pareceres técnicos sobre as árvores fragilizadas devido ao crescimento desregrado, alvo fácil das intempéries que as partem, desequilibram e condenam ao abate por questões de segurança. Por fim, e no meio disto está a "escola" que devia assumir totalmente a gestão, desde que dotada de meios técnicos, financeiros e humanos.

Assim, faz-se o que se pode e uma dessas coisas é ensinar os alunos a podar. É importante fazê-los entender que muitas árvores necessitam de uma ajuda no seu crescimento, cortando-lhes galhos secos ou aqueles que não levam a lado nenhum; e perdoem-nos a metáfora. Andamos a fazê-lo.

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