Constatações climáticas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022 · Temas:

Se houvera mais necessidade de provas sobre as alterações climáticas, o comportamento térmico de janeiro e o ritmo de pluviosidade entre aquele mês e a primeira quinzena do corrente,  apresentam-se como constatações de um problema instalado, sensível ao comum e não apenas aos instrumentos de análise climática.


Analisando a temperatura, sobressaem os valores das máximas, elevados e anormais, sobretudo nos primeiros dias do ano e na última semana do mês. A ausência de nebulosidade, proporcionada pela corrente de leste que dominou praticamente o mês, esteve na origem das elevadas amplitudes térmicas diárias. Assim, as mínimas que se apresentaram baixas, compensaram as altas, equilibrando a média térmica do mês, ainda assim, 3,9ºC superior à normal (2012-2020).



Quanto à pluviosidade, decidimos incluir na análise a primeira quinzena de fevereiro, seca, que em junção à última de janeiro, também seca, prefiguraram o equivalente a um mês seguido sem chuva. Este hiato impressiona, quer pela época da sua ocorrência, quer pela sua dimensão temporal. De facto, janeiro, segundo a normal (2012-2020) apresenta um valor médio de pluviosidade de 202 milímetros. Contudo, neste ano choveram apenas 34,3 milímetros, ou seja, 17% do que tem sido normal desde 2012.

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