A direção do vento, e a sua intensidade, influenciam a temperatura de Portugal Continental e determinam a evolução dos estados de tempo. Se a primeira variável responde diretamente ao xadrez dos campos de pressão, a segunda conta ainda com a orografia que a pode condicionar. No verão continental, por norma, ocorre a alternância entre as correntes de leste, quentes e secas e, mais junto à costa, a nortada que sopra quase paralela à costa ocidental, deixando de se sentir a escassos quilómetros desta, nula no abafado interior.
Ora, o que temos vindo a assistir neste estio, é diferente. A influência do anticiclone dos Açores, que por norma se estabelece entre o arquipélago e a península, não ocorreu em julho, e a sua capacidade de bloqueio não travou as chuvas que ocorreram durante o mês. A temperatura é reflexo de tal; com uma média mensal de 21,6ºC, este valor está 1,7ºC abaixo dos valores normais (média 2012-2019) desta estação meteorológica.
