A estação meteorológica da Secundária da Lixa mudou de corpo e surge agora com mais sensores e tecnologia aprimorada. Durante anos possuímos o modelo WMR200, da Oregon Scientific, instalado no telhado do Bloco C da escola. Foi com este que entramos no mundo quase nulo de então, da rede de estações meteorológicas amadoras. Há 10 anos, eram poucas as que existiam a norte do Douro, e todas ligadas, de modo geral, a instituições de ensino superior.
A realidade, hoje em dia, mudou radicalmente. A difusão de modelos e marcas com preços cada vez mais económicos, e os processos de instalação cada vez mais intuitivos, fez crescer a disseminação destes aparelhos, e criou verdadeiros grupos de especialistas e entusiastas sobre aquilo que elas nos devolvem: informações climáticas e a variação do comportamento dos seus diversos elementos, ao longo de determinados espaços temporais.
Ora, não obstando aquele entusiasmo, patente em vários fóruns online, nacionais e internacionais, sempre mantivemos perante o aparelho uma abordagem pedagógica. Isto é, a estação meteorológica só era relevante porque através dela podíamos ensinar ou publicar conhecimento. Daí os inúmeros gráficos que destacaram fenómenos pontuais e conjunturais, ou balanços de final de ano, que se traduziram em pequenas abordagens ao clima da região. Mas 10 anos na vida de uma estação meteorológica amadora, é colocá-la na velhice. Por isso a aposta numa nova, e um novo modelo (WH4000SE), que em conjunto com três irmãs gémeas, a instalar em várias escolas primárias do agrupamento, permitirão ensinar ainda melhor e obter dados cruzados que elevem para outro patamar as análises obtidas. Acrescente-se que tal não seria possível sem o patrocínio do projeto Umbrella, um dos vários programas Erasmus do AEL, que possibilitou a sua aquisição e futura instalação.
Assim, a nova estação meteorológica já funciona em pleno e em velocidade de cruzeiro. Tivemos alguns problemas iniciais na sua ligação à rede de internet do ME, que agora serve o agrupamento em exclusivo, mas com paciência e a ajuda do Prof. Rui, o responsável pela rede informática da ESL, foi ultrapassado o problema. Em relação à anterior, esta traz-nos informação sobre a radiação solar e um grau de precisão na medição, maior. Está disponível para consulta, é de livre acesso (nem faria sentido o contrário) e, para futuro, quer aqui no Geopalavras, quer no site do AEL, ficará disponível de um modo mais direto.