Sentimos bastante orgulho nas paisagens que os nossos pequenitos do sétimo desenharam do que viram a nascente da escola. Trata-se de um enorme vale onde corre a ribeira de Borba, cujas vertentes estão florestadas por eucaliptais, pequenos soutos, algumas casas e caminhos rurais, e vinhas. Acrescente-se o campo de treinos do clube desportivo da região, em primeiro plano, e no último, a sobranceira "casa do Seixoso", um antigo sanatório, hoje uma residência particular.
Ora, com tal possibilidade, perguntamo-nos - porquê ficar na sala? Saímos, aproveitamos a réstia do verão, e com mais ou menos jeito, desenhamos os vários planos da paisagem. Honestamente, o resultado foi o que menos nos importou, muito embora haja casos de verdadeiro talento gráfico. A capacidade de analisar criticamente o que viam em planos paisagísticos esboçados a carvão, foi a conquista da aula.
E se uma fotografia com o telemóvel é bem mais rápida de obter, e até digitalmente bem mais fidedigna à realidade, não tem, contudo, o potencial de evidenciar a sensibilidade do pequeno "geógrafo" de paisagens. Isto, para dizer que nem tudo se pode reduzir ao PowerPoint, ao Google ou ao manual. Por outras palavras, uma bela de uma aula ao ar livre, à boa maneira clássica da Geografia, faz a diferença na significância do que se ensina e se aprende.