Pedras e calhaus, horsts e grabens, diamantes e turmalinas, o Encontro Verde deste ano versou o importante papel da geologia na sociedade moderna. E vendo bem, estamos rodeados dela, que se imbui na panóplia moderna que nos dá, por exemplo, o conforto ocidental. Repare-se: um único telemóvel é hoje impossível de conceber sem uma enormidade de minerais que o constituem, e que são obtidos longe da Europa e ou América do Norte, onde os custos ambiental e humano são cinicamente tragados de uma forma indescritível.
Deste modo, mais do que a mera geologia, muitas das vezes abordada com um inegável sentido de humor gemológico, este encontro fez também refletir uma plateia repleta sobre as modernas formas de energias intangíveis, como é a eólica, ou a perigosa novidade dos ecológicos automóveis elétricos.
Uma nota final: o Encontro Verde é confortável. Respira um tom intimista por via do espaço onde se desenvolve, a sua temática e oradores, a audiência que que nos fez reviver com saudade um certo passado (encontramos ex-alunas, agora professoras no exercício de Geografia, e até colegas de outros tempos), mas sobretudo pela simplicidade da sua Organização. A ela, parabéns! Prometemos repetir.