O consumismo.

domingo, 6 de abril de 2014 · Temas: , ,

- Por Sandra Cardoso e António Sousa.

Este trabalho de investigação teve como objetivo dar a conhecer o que consideramos que “Támal” na sociedade. Assim, percorremos a cidade da Lixa e fomos até ao centro comercial, onde recolhemos depoimentos de pessoas que nos informaram se eram consumistas ou se deixavam enganar-se pelas promoções, comprando mais que o necessário e, consequentemente, deixando alguns produtos estragar-se. Com as informações recolhidas, produzimos um vídeo e, juntamente com isso, iremos elaborar um pequeno texto acerca do tópico em questão.

As entrevistas do vídeo foram realizadas nos dias 10 de março, pela tarde e as afirmações presentes neste trabalho são retiradas de entrevistas a pessoas que não quiseram filmar e apenas proferiram a sua opinião, essas entrevistas foram realizadas dia 24 do mesmo mês e também de tarde. Os entrevistados eram indivíduos do sexo feminino e masculino com idades a variar entre os 14 e os 45 anos.

Numa primeira fase do trabalho, ou seja, no vídeo procurou-se perceber se a população lixense se considerava consumista. Numa segunda fase, procuramos soluções para não se comprar mais do que o necessário durante as promoções e iremos apresentar as mesmas neste pequeno texto.

O consumismo é o ato de comprar produtos de forma exagerada e sem ter necessidade deles. As falsas promoções são um dos maiores fatores que levam à compra exorbitante de produtos. Face este assunto, procuramos interrogar as pessoas sobre o que entendiam por consumismo, se, se consideravam consumistas, se comparavam os preços durante as promoções ou se compravam exageradamente e se já deixaram algum produto estragar-se por falta de consumo. As respostas não variaram muito consoante as pessoas, apesar de termos interrogado indivíduos do sexo masculino e feminino, adolescentes ou adultos.

Na Lixa, o consumismo não é um ato muito comum, mas, geralmente, as pessoas residentes nesta cidade compram mais do que aquilo que necessitam quando há promoções, não comparando os preços. Maior parte dos entrevistados considera que não é consumista e que apenas compram aquilo que é necessário. “Apenas compro aquilo que necessito e que sei que pode ter alguma utilidade”, afirma uma das entrevistadas.

Porém, quando os interpelamos acerca das promoções, as respostas começaram a diversificar-se. “Durante as promoções sou capaz de comprar mais do que o que consumo.”, afirma um dos interpelados. “Durante as promoções continuo a comprar apenas o que necessito, mas se for algo que tenha maior utilidade, como o arroz, compro em maior quantidade.”, refere outro.

Conseguimos constatar que as pessoas nunca comparam os preços dos produtos, de modo a verificar se é benéfico comprar em maior quantidade durante as promoções. “Quando vejo que está em promoção compro logo”, declara uma senhora. O leite é um dos produtos que fica estragado quando comprado em imensa quantidade, “o leite estraga-se muito frequentemente em minha casa, pois não tomo muito e compro excessivamente durante as promoções”, relata outra.

Consideramos necessário que as pessoas comecem a verificar e a comparar os preços dos produtos e que não comprem em demasia, visto que podem estar a gastar dinheiro desnecessariamente. Com o início da crise, começou a controlar-se mais o que se compra, sendo que cerca de metade dos entrevistados fazem uma lista dos produtos que pretendem adquirir. “Eu não faço uma lista, mas levo sempre mentalmente uma lista do que quero. Com a crise as pessoas começaram a controlar-se. Penso que é um passo importante para evitar o consumismo”, referiu um senhor.

Ainda obtivemos uma opinião acerca das compras para empresas. O dono de uma loja do centro comercial da Lixa referiu: “Quando é para consumo pessoal, nunca compro exageradamente. Contudo, quando é para a loja aproveito sempre para comprar em maior quantidade, já que é benéfico comprar nas promoções”.

Após dois dias de pesquisa, de trabalho e de recolha de diversos depoimentos, concluímos que o consumismo não existe na cidade da Lixa, apesar das pessoas se deixarem enganar pelas promoções. “É assim importante que as pessoas comecem a controlar-se também durante as promoções”, acabaram por dizer algumas das pessoas. “A poupança está a levar ao agravamento da crise.”, referiu um entrevistado. Contudo, esta opinião não é generalizada e muitos acham que foi o consumismo que levou à crise. A solução para acabar com o consumismo é fazer uma lista de tudo o que necessitamos e controlar todo o dinheiro que temos. Isto também ajudará a melhorar a crise, segundo a opinião de muitos.

Após a elaboração deste trabalho, acabamos por perceber que as promoções são o fator que leva as pessoas ao consumismo. Este problema está a ser resolvido gradualmente e, na Lixa, as pessoas estão a evitar a compra exagerada dos diversos produtos.

Com este trabalho, aprofundamos os nossos conhecimentos acerca do consumismo e da opinião das pessoas relativamente a esse assunto e concluímos o nosso objetivo, que era encontrar soluções para o que achamos que “Támal” na sociedade. Na nossa opinião, a comparação dos preços é o mais importante de tudo. A resolução deste problema cabe às pessoas.

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