A Visão desta semana publicou um interessante artigo sobre o Porto, que sintetiza e traduz por palavras, muito daquilo que se sente a acontecer na cidade, e que nem sempre tem eco na imprensa nacional, centrada num polo distante.
Já falamos variadas vezes sobre este Porto genuíno, não gentrificado, que necessita de ser preservado, sob o risco de perdermos aquilo que o torna um caso de sucesso: a sua alma de genuinidade. Miguel Carvalho, jornalista do artigo, evoca de um modo feliz Jaime Cortesão: o Porto é parte barroco mas as suas gentes nada têm de encenação ou teatro. O «Porto não gosta de artifícios. Por isso o carácter genuíno seduzem quem nos visita», reforça ainda mais à frente, entrevistando um Chef da cidade.
O artigo fala-nos também do contributo dos voos Low Cost nesta renascer da cidade. Refere que há 64 destino ligados ao Porto, o triplo do verificado em 2005, que fazem movimentar cerca de 6 milhões de passageiros pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro e do incremento do número de turistas que se adivinham na região, com a abertura do novo Terminal de Cruzeiros.
Mas se o turismo estrangeiro é parte da fórmula deste sucesso, o empreendedorismo de uma nova geração que adapta tascas, antigas retrosarias e até mercearias, contribuem decisivamente para uma lufada de iniciativas culturais um pouco por todo o lado que cosmopolizam a cidade. Como aqui já se fala inúmeras vezes, deixemo-nos que a cidade trata de nós, e bem!