- Margarida Cardoso, 11E.
Cravos, flor deste sangue marinheiro
Escultura em bruto de um povo envelhecido
Manchado de tons vitoriosos e de pesadas lágrimas,
Secas agora num Portugal renascido.
Cravos erguidos em prol do silêncio
De tons vivos, frescura de águas mil,
Num céu fundo e agora calado a assistir
Deixando florir as cores de Abril.
Cravos espalhados ao favor da liberdade
De rebordos definidos numa emoção incontida,
De faces rosadas, uma tês escarlate,
Enche-se Abril de uma esperança desmedida.
Cravos içados ao sabor da bandeira,
Entregues nas mãos de uma renascida multidão
Mergulhada em sonhos e tingida de verde
Mas agora Abril é somente recordação!