Entra hoje em vigor denominada hora de Verão. Este momento, segundo o director do Observatório Astronómico de Lisboa citado pelo Jornal Público, é aquele em que “todos os países no espaço europeu irão fazer a transição da hora de Inverno para a hora de Verão, no mesmo instante, à mesma hora”. De facto, Portugal decide “qual a hora oficial que pretende ter”, se é a do fuso do meridiano de Greenwich, do fuso menos um ou menos dois, mas em relação à hora de Verão deixou de ser uma competência nacional e passou a ser uma decisão no âmbito da União Europeia (UE).
Segundo um artigo já publicado no Geopalavras, se bastasse ler a história para entender a razão da mudança da hora, a resposta seria fácil. Tudo começou com Benjamin Franklin, o político e inventor do pára-raios e das lentes bifocais. Em 1784, num artigo publicado num jornal francês, Franklin sugeria que a França adiantasse uma hora no Verão, alegando que Paris poderia poupar anualmente 32 mil toneladas de cera de vela. Só mais de um século depois é que a sugestão seria tida em conta, no contexto da Primeira Guerra Mundial, para economizar energia.
Os governos europeus decidiram, assim, adiantar os seus relógios uma hora, inaugurando a chamada "hora de Verão". Consequentemente, os dias passaram a acabar mais tarde e menos energia era consumida. Mas, com o desenvolvimento das sociedades, o pretexto de poupança energética perdeu força e deixou de justificar por si só mudanças no compasso do tempo.