A finalidade deste trabalho era partir em busca de tradições / costumes não só portugueses, como também de outras partes do mundo. Pesquisei na Internet, onde se encontra toda a informação, desejada ou não, e que se tornou indispensável às nossas vidas. Confesso que vi coisas bastante interessantes mas nada que me fascinasse realmente. Foi daqui que partiu a ideia de falar acerca de ideais de beleza. Porquê? Porque, vendo bem as coisas, o ideal de beleza não passa de um costume antigo que sofre mudanças. Por exemplo, na sociedade Ocidental imperou durante século gordura como formusura e actualmente podemos dizer que o Ideal de Beleza compreende um corpo magro (mas não esquelético) e esguio. Assim, deste lado do mundo, associada a esta busca da perfeição, surgem problemas de saúde graves como a Anorexia e / ou a Bulimia.
Boucher, Blond Odalisque - 1752. |
Noutras culturas, como é o caso da Chinesa, não se dá importância a todo o corpo mas sim a uma parte específica: aos pés (considerados pela maior parte dos ocidentais como a zona mais feia do corpo humano).
Os Chineses gostam de mulheres com pés pequenos, aliás, muito pequenos. Costuma-se dizer que “para ser bela é necessário sofrer” e estas mulheres, ou melhor, estas crianças – pois começavam a impor esta prática a meninas de cinco anos -, sofrem bastante. Chama-se Chanzú e consiste em enrolar os pés em ataduras muito apertadas de modo a partir os ossos e deixar os pés com um formato pontiagudo; tudo para parecerem bonitas e, principalmente, arranjarem um marido.
Mudando de zona, e para uns senhores muito parecidos com os “nossos amigos chineses”, vamos conhecer a cultura de Burma no Sudoeste Asiático. Mais uma vez, “De pequenino é que se torce o pepino”. Por isso, as meninas são incentivadas pelos membros femininos da família a colocarem aros metálicos no pescoço formando uma espiral em forma de colar. Esta prática irá fazer com que o pescoço destas mulheres alongue ficando conhecidas por nós como as “mulheres girafa”. Para além do pescoço, colocam também estes aros nos pulsos e nos tornozelos que irão alongar também estes membros. Tudo isto também é feito para agradar o sexo oposto.
Para finalizar, gostaria de apresentar uma outra cultura: a islâmica. Aqui não se valoriza nem o corpo, nem nenhuma zona específica dele. Uma mulher é bela quanto mais ocultar o corpo. Através disto podemos perceber o quanto a mulher é “discriminada” e como se submete ao marido. Só ele tem o direito de lhe ver o corpo. Todos os outros podem, no mínimo, ver-lhe os olhos, e, por vezes, nem isso pois se um homem olhar fixamente os olhos de uma mulher – que não seja a sua esposa -, é considerado um desrespeito e pode até ser julgado.
- Andreia, 12ºF.