O terramoto de magnitude 7 verificado no Haiti no início do mês teve o seu epicentro a cerca de 25 quilómetros da capital, o que significa que a cidade terá sentido e sofrido o abalo na sua quase máxima intensidade, levando a uma catástrofe. O mapa seguinte mostra onde o epicentro ocorreu (a vermelho), bem como os epicentros das réplicas (a laranja) que ocorreram nas horas seguintes.
A ruptura ocorreu numa falha transcorrente (ou lateral) onde as placas tectónicas, ao invés de colidir directamente uma contra, deslizam encostadas, libertando uma grande tensão. Para entender o melhor o que se passou no Haiti, temos de olhar para o contexto tectónico da região das Caraíbas (mapa 2).
Podemos observar que o Caribe possui a sua própria placa tectónica (que é relativamente pequena), vizinha a Norte e a Sul, da placa Norte Americana, que se desloca para o ocidente em relação à do Caribe, cerca de 2 a 3 centímetros por ano.
No extremo Este desta pequena placa, há um choque com a mesma placa Norte Americana, verificando-se uma convergência de placas, um fenómeno de subducção, que provoca fenómenos de vulcanismo (e por exemplo, a ilha de origem vulcânica de Monsserate).
No entanto, no limite da curva para Norte a placas deixam de convergir e passam a deslizar um sobre a outra, paralelamente e em direcções opostas, criando fricções que libertam tensão e energia. É isto deverá ter estado na base do terramoto haitiano.
Fontes:
- google maps
- Scienceblogs
- USGS