A pergunta salta de secretária em secretária, como uma pulga incómoda que importa sacudir até ao destino. Esta forma de comunicar, o passa-papel, é um clássico das salas de aula ao qual ninguém ousa dizer que não conhece ou alinhou. Normalmente acontece naquelas situações mais bolorentas, onde a leitura do manual ou o ditado surge quase como castigo, e a oportunidade espreita.
Por norma, a mensagem não é replicável, e por vários motivos: por não ser legível, por conter demasiada linguagem obscena, ou porque o português empregue não cumpre um mínimo de regras inteligíveis. Mas não é o caso deste que nos calhou nas mãos. Revela preocupação, uma timidez e, quem sabe, um certo romance a pairar no ar. Aliás, quantos namoros, casais e casamentos não tido início nestes pedaços de papel que animam as aulas bolorentas? Umhhh?