Os anos do fenómeno climático El Niño, como o atual, alteram a pouca normalidade que resta ao clima mundial. Provocam temperaturas mais elevadas, um aumento da temperatura dos oceanos, e um registo de precipitação maior ou menor, conforme a região que estejamos a analisar.
O sul da Europa não lhe é imune, e mostrou-se na forma como pautou este último verão, com sucessivas vagas de calor na bacia mediterrânea, e temperaturas abaixo da média nos países mais setentrionais. E se é certo que outono já começou, na verdade, ainda sentimos uma espécie de verão sonolento, agradável e solarengo. Mas deverá ser um dos últimos espasmos de uma estação que não deixará saudade, e em breve regressará a chuva. Durante os invernos influenciados pelo El Niño, o norte da Europa apresenta, tendencialmente, condições mais frias e secas, enquanto o sul da Europa recebe um aumento das chuvas devido a mudanças na corrente de jato. Por isso, aproveitemos ao máximo estes últimos espasmos de verão, antes do regresso da chuva, bem-vinda, mas que esperamos suave.
