Há uma semana, surgiu-nos na garagem de casa uma pequena cobra-rateira (Malpolon monspessulanus) que resolvemos levar para a escola, e soltá-la nas imediações. Óbvio? Para muitos não, cujo pavor à espécie, mesmo que do tamanho de um palmo, dita muita das vezes a sua morte. Por isso, e como deve ser, acomodamo-la num caixa de sapatilhas, estanque e respirável, e já na escola pegamos num punhado de alunos e demo-lhe um novo prado para viver.
Se cumprir o seu papel na natureza, caçará ratos e outros animais que, em excesso, põem em causa, por exemplo, a sobrevivência de espécies de plantas que são, alimento para abelhas; as polinizadoras de muito dos alimentos que nós, humanos (Homo sapiens), comemos.