No meio do turbilhão de atividades, normalmente deixadas para a última semana de cada período de aulas, surgem, por vezes, atividades singelas, despercebidos da maioria da escola, mas que se constituem com uma importância idêntica a um grande evento desportivo ou cultural. O Grafema a Grafema, realizado no final do mês passado no Estúdio B, é um belo exemplo disso. Conseguiu agregar alunos de sensibilidade diferente da norma, que talvez não se identifiquem com o frenesim, e o resultado é o que menos importa.
E se ali se realizou, é porque a Biblioteca da ESL é um espaço pródigo deste tipo momentos, onde se misturam alunos, professores, auxiliares e até convidados. Na verdade, já não é apenas o espaço silencioso dos livros e do estudo; é uma espécie de grande sala de aula, um laboratório de ideias e atividades que se cruzam e interajudam, naquilo que podemos chamar sociedade. Afugenta a dependência dos telemóveis, a vaidade em círculos, o convívio ao molhe e telemóvel na mão; e estimula o trabalho colaborativo, criativo e aguça o engenho.