O horrível sol que nos aqueceu nesta manhã de janeiro, a par do vento leste, seco em demasia, facilitou-nos instalação da terceira estação meteorológica da rede AEL. Decorreu na EB1 de Santão, a cerca de cinco quilómetros da escola sede, mas a uma altitude superior (440 metros) relativamente às que estão instaladas na ESL e no Monverde, que nos possibilitará uma leitura de dados climatológicos diferente.
A instalação foi simples, animada e facilitada pela simplicidade de uma escola primária, onde tudo parece funcionar e provou-nos levar a sensibilidade ambiental à letra: vimos compostores em uso pleno; reciclagem educativa; uma pequena horta educativa; reutilização de materiais e objetos improváveis para adorno do recinto escolar; e mensagens subliminares, pintadas no pavimento em torno dos escoadouros de águas pluviais.
Dali, e com a missão cumprida, regressamos a pé por entre campos que agoniam por chuva, em estradas cujas bermas surgem bordejadas de uma colorida mistura dos plásticos, semeada pela mão dos tolos que se fazem transportar, muito higienicamente, em automóveis e a grandes velocidades.Chegados à Secundária, descansamos o corpo, mas inquietamos a alma. O panorama que se arrastou pelo caminho parece prolongar-se num local onde supostamente se ensina o contrário da agressão que vimos e sentimos e, curiosamente, ostenta orgulhosamente uma bandeira do programa Ecoescolas, contentores de lixo orgânico a transbordar de caixotes de cartão, cheios de sacas plásticas, mesmo ao lado do ecoponto que decora a paisagem. No mínimo, irónico!