Há muito que desligamos o Geopalavras do "face", "insta" e "tweeter", e coisas parecidas, porque não nos revemos naquele défice de escrita, existente num certo mundo de mais do mesmo. E não é presunção, é o que achamos e, até ao momento, não nos conseguiram convencer do contrário.
Não obstante, alimentamos vários grupos do WhatsApp com as nossas queridas moscas-da-fruta, porque dá jeito comunicar! Isso mesmo, comunicar... esse verbo tão deturpado pelas redes sociais, que inclusive nos dificulta a identificar os nossos interlocutores. É verdade! Vejamos:
- descobrimos que temos imensos asiáticos nas nossas turmas, todos têm nomes impronunciáveis, rostos híbridos, penteados oxigenados e cortes de cabelo medievais;
- também abundam as personagens daquelas séries japonesas de 5 frames por minuto, que passam ao domingo de manhã, e cujas estórias que nunca não parecem ir a lado nenhum;
- há um imenso conjunto de moscas que só possuem espelhos no wc, onde tiram a autofoto, e têm problemas de visão, pois surgem invariavelmente com o telemóvel a cobrir-lhes o rosto;
- acrescente-se, ainda, aqueles que tiram fotos de costas ou a dois quilómetros de distância, fazendo-as acompanhar daquelas frases "filosóficas" que ninguém entende, nem os próprios...
Enfim, é este o atual panorama identitário dos nossos insetos estudantes; identificam-se com coisas que felizmente não entendemos, mas parecem "cool". O problema está quando eles próprios, de tão "cool" que são, também assim não se entendem, e de nada serve a desculpa de que são a geração z...