Os resultados das colocações no ensino superior, 1ª fase, foram publicados há cerca de um mês. A ESL contou com 75 alunos colocados em instituições de ensino superior, numa dispersão geográfica que vai do Algarve a Bragança, e áreas de formação que contemplam as engenharias, ciências económicas, da saúde, naturais, sociais, artes e humanidades.
A maior parte das colocações coincidiu a norte, com expressão no Porto onde a Universidade do Porto (UP) e o Politécnico do Porto (IPT) atraíram 10 e 4 alunos, respetivamente. No extremo oposto, com apenas um aluno, verificamos Oliveira do Hospital (Instituto Politécnico de Coimbra - IPC), Tomar (Instituto Politécnico - IPT), Évora (Universidade de Évora - UE) e Faro (Universidade do Algarve - UA).
A cidade de Coimbra colocou 10 alunos na sua Universidade (UC) e outro na Escola superior de Enfermagem (ESEC). O Instituto Politécnico de Bragança (IPB), nos seus dois polos, Bragança e Mirandela, acolheu 9 e 6 alunos, respetivamente, sendo esta a instituição que mais alunos recebeu da Escola Secundária da Lixa. Vila Real, a sua Universidade de Trás-os-Monte e Alto Douro (UTAD), conquistou à escola 12 alunos. Braga e Guimarães (Universidade do Minho - UM), Covilhã (Universidade da Beira Interior - UBI), Lisboa (Universidade Nova - UNL e Instituto Superior Técnico - IST), surgem com menor expressão nesta distribuição geográfica, com 8, 2 e 1 alunos, respetivamente.
Assim, a distribuição geográfica das colocações desta 1.ª fase parecem querer mostrar que os fatores - médias de acesso e prioridades de concurso - são determinantes. De facto, olhando para os 15 cursos mais concorridos, percebemos haver colocações distantes da Lixa que foram a 1.ª prioridade dos alunos e, outras, bem mais próximas, que coincidem com a 3.ª, 4.ª ou até 5.ª opção. Portanto, antes da distância, parece surgir o curso e/ou a instituição.
Atente-se que a área de estudos, e o curso de ingresso, determina também ligeiras diferenças na dispersão geográfica. Os 29% de alunos que escolheram cursos ligados às ciências sociais, ficaram maioritariamente colocados em Vila Real, Braga e Coimbra. Na área das ciências naturais, com 15% de alunos colocados, a dispersão ocorreu entre o Porto, Aveiro e Bragança. No caso dos cursos ligados à saúde, o Porto e Coimbra absorvem a quase totalidade das colocações.
Refinando um pouco mais os escassos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, podemos ler ainda que o valor médio de opção de colocação, situado em (2,49) é transversal a cursos de diferentes áreas de ensino. Na verdade, nos 13 cursos mais concorridos, não há nenhum que seja a 1.ª opção de todos os alunos nele colocados. Solicitadoria, por exemplo, foi a 4.ª opção dos dois alunos colocados, e mesmo medicina, não foi a 1.ª opção de todos os 6 alunos colocados pela escola.
Esta análise muito superficial é baseada no documento - ENES2021 - Estatística de Candidatos e Colocados - enviado às escolas para ser tornado publico e disponível à consulta. Mas do ponto de vista da análise estatística, é impossível ir mais além. Há dados impossíveis de cruzar por não estarem disponíveis.