Coisas anómalas.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021 · Temas: ,

O verão continental corre estranho porque mais fresco do que é normal, é facto. A segunda quinzena de julho, por exemplo, trouxe à costa ocidental um típico clima britânico, de nevoeiros matinais prolongados, sol forte nas suas raras aparições, e noites frias. Isto, a par do calor intenso do interior que não beneficiou da “aragem” marítima. Contudo, se isto acontecia por Portugal continental, o resto da Europa sentia na pele vagas de calor e chuvas convectivas normais na sua ocorrência estival, mas não na proporção diluvianas.


Vivemos assim um estio que não deverá ser novidade para ninguém, feito de situações extremas, cujos sinais há muito que se manifestam em invernos secos, vagas de calor longas e extremas,  e um calendário de estações do ano pouco definido e substituído por uma época fria e outra quente. 

A imagem correspondente ao primeiro dia de agosto, traduz a constatação: o “anticiclone dos Açores” refugiado a oeste das ilhas, não cumprindo o seu habitual papel de principal responsável pelo bom tempo peninsular,  com ventos de leste e nortadas ocidentais; e o Mediterrâneo oriental, com temperaturas extremas que catapultam incêndios florestais; tudo isto num quadro geral de anomalias que se verificam noutras longitudes.

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