Descemos a Vila Cova com a ideia de olhar a agricultura para lá dos livros, dos esquemas e apontamentos. Fomos à deriva, nunca perdidos, e sempre com o fito nos prédios da Vila, cidade, que se desenvolveu mais acima, em torno da estrada que liga Fafe ou a sede de concelho. O tempo urgia.
A terra sempre foi de encruzilhadas, de gentes de diversas paragens que ali se cruzaram e até fixaram, por isso avançamos sem norte, mas com convicção do rumo. Vimos prados, lameiros, água corrente, agricultura moderna e tradicional; vimos tradição cruel, e também o burlesco arame farpado, incompatível com o bucólico.
O caminho culminou na solitária capela de S. Roque. O santo, protetor do gado contra doenças contagiosas, tratamento de animais e cães, não impediu o brandir da faca e do cutelo do esventre pela manhã, numa tradição que talvez esteja na hora de deixar de o ser. Foi muito o que aprendemos; vamos repetir.