Há muito que sonhávamos visitar a feira da Lixa. Realiza-se bem cedo, todas as terças-feiras, num recinto alcatroado, feito para a receber. Contempla duas secções: uma mais altiva, onde se vendem frescos: carne e vegetais, outra, num patamar inferior, mas não menos concorrido, com peixe, roupas e fazendas, doces e produtos utilitários para o lar.
O dia em que a visitamos, dizem os entendidos destas andanças, terá sido dos mais concorridos dos últimos anos. Coincidiu com a semana antecedente às eleições autárquicas, tornado o habitual frenesim do formigueiro, numa espécie de sinfonia polifónica desafinada, tocada por vários maestros concorrentes, hábeis no beijo e distribuição de lembranças baratas. Marcante e muito próximo do quase outonal.