Se há algo que valorizamos muito, e é percetível nestes anos de Geopalavras, é o direito à privacidade. Não aquela que bloqueia a liberdade criativa, isso roça a censura, mas aquela que separa o mundo pessoal do mundo público. Quem ultrapassa esta fronteira, sobretudo nas redes sociais, trilha um caminho sem retorno, viciante e, muitas das vezes, desprovido de interesse pois é profundamente centrado na alimentação do “eu”.
Mas há pior. Quando a vida própria não é o bastante, se calhar por razões óbvias, as “retroescavadoras” do “face” entram em ação e vasculham o alheio, deliciando-se com tudo que é pormenor e comentário.