Andamos há uns anos no mundo do ensino. Assistimos ao fim de algumas ferramentas didáticas como videogravador, o emblemático giz, o retroprojetor ou a experiência falhada dos quadros interativos. Pelo caminho, vimos também surgir novas ferramentas que substituíram aquelas primeiras e, por isso, se tornaram indispensáveis numa aula atual. Um computador, aliado à internet, a par do projetor multimédia, são hoje a condição mínima de uma sala numa escola moderna.
O caminho traçado moldou também uma geração que se habituou aos espasmos tecnológicos da internet, que já não espantam como outrora, que nos faz refletir, nas salas de trabalho de professores, que uma bela de uma exposição teórica, assente num diálogo intenso e implicativo, sustentada por imagens e vídeo é, ainda assim, a fórmula mais eficaz de transmissão de conhecimento. E ficamos felizes por isso.
Mas recentemente, conhecemos o Plickers e refletimos novamente, pois este espasmo mexeu com os alunos, e connosco também. Do que se trata? De uma simples ferramenta que alia a projeção de perguntas de escolha múltipla, à capacidade de todos os elementos da turma responderem, em tempo real, através de um símbolo que o aluno sustenta na mão e é filmado por um simples telemóvel ligado à plataforma online Plickers.
E acredite-se, o que entusiasma os alunos não é a tecnologia implícita, essa não os espanta. O que os entusiasma, tal como a nós, é algo mais primário: a competitividade verificada em tempo real. É de certa forma algo inédito neste mundo do ensino, onde os resultados de uma prova, da mais banal à mais importante, chegam sempre desfasados no tempo. Ora, perante a possibilidade quase imediata de poder constatar a veracidade de uma resposta, tal como permite o Plickers, num jogo de competição / comparação entre pares, quem não se entusiasmaria? Experimentem.