Esta aventura num bioma leva-nos ao maior dos desertos quentes, o Saara, onde os beduínos, o povo do deserto, desafia condições muito adversas como a falta de água, enormes amplitudes térmicas diárias, com dias tórridos e noites geladas, e tempestades de areia impulsionadas por um vento sem barreiras que molda toda a paisagem. É definitivamente um local belo mas inóspito, e muito inadequado a gaivota cujo habitat se situa bem próximo da orla costeira. Para sermos rigorosos, o grande deserto do Norte de África, pela sua dimensão longitudinal, toca literalmente no Atlântico a ocidente, onde as águas trazidas por correntes frias, raramente fazem chover, mas a nossa gaivota foi encontrada noutras paragens, a centenas de quilómetros do mar.
Portanto, trata-se de uma gaivota perdida, mesmo muito…, como muitas que se vão vendo com frequência no meio das cidades litorais, no meio de pombos e gatos, numa mistura estranha e até perigosa para a saúde pública. Inclusivamente, estamos em crer que há gaivotas de mar que nunca viram tal e que se alimentam da comida dada aos pombos e gatos, ato proibido por lei, e até do lixo mal acondicionado. Cuidado com as gaivotas!