Era uma vez um gato de orelhas proeminentes que se chamava Biau. As orelhas permitiam-no ouvir muito bem as frequentes reprimendas dos donos, dada a vadiagem a que se predispunha até “às tantas”, atrasando-se, ou mesmo faltando, ao fecho da porta de casa, dormindo muitas das vezes na rua.
Apesar das orelhas, o Biau era um gato, e de burro tinha pouco… contudo, os apêndices faziam-no ouvir em demasia o que os outros diziam, ou convenciam a fazer, de tal modo que devagarinho se foi esquecendo de usar o próprio cérebro, cada mais minguado, que acabou por desaparecer por completo! Foi aí que o Biau deixou de miar e passou a zurrar como os burros! Consta que zurra por aí, por becos e cafés, e o cérebro, esse, está definitivamente apagado e não lhe permite atinar com o caminho de regresso a casa. Se alguém o vir, que lhe indique o caminho, por favor.
É o que dá quando se vê a bola e o resultado deixa de interessar...
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