Intensa é a palavra que melhor se ajusta à tarde da passada sexta-feira, vivida no auditório da ESL, em torno de um tema complexo: soluções para resolver um país que quase não o é, a República Centro-Africana.
Ora, se os palestrantes, no que respeita ao diagnóstico dos problemas e potencialidades, falaram quase a uma só voz, quanto às soluções, houve enormes divergências tal como importa nesta espécie de debate.
Desde apostas turísticas em safaris (necessariamente cuidadosas com o apetite voraz dos animais…), passando pela criação de canais de água e lagos artificiais (recorrendo a furos artesianos), ou pela exploração de exportação de pedras e minerais preciosos, até à mais simples das soluções, e se calhar fundamental, a aposta na educação e na agricultura de base, a troca de argumentos de tal modo viva que o tempo voou.
Houve também algum ruído de fundo e faltou alguma pluralidade no debate, mas entusiasmou-nos e a fórmula é mesmo, e com urgência, para repetir. Pelo que se pode observar, há gente que já dá cartas na retórica, fala com clareza, fluência e, acima de tudo, com clarividência de ideias e fio condutor, por outras palavras, sabem do que falam e vão chegar muito longe.