A foto foi obtida no terraço anexo à sala de pausa dos professores, no início deste mês de julho, por volta das 12 horas. É uma alface-brava (Lactuca serriola) que cresce e resiste por entre as lajes sujas de um espaço desde sempre votado ao abandono, mas cheio de potencial. Como a maioria das daninhas, é vista como «plantas não desejadas no local onde nasceram. São também conhecidas por serem infestantes, ou seja, cuja a [sic] sementeira não foi intencional e que, por serem competitivas, podem ter um impacto negativo nas culturas».
Esta definição faz-nos traçar uma série de paralelos e evoca-nos um adjetivo que gostamos de utilizar, a resiliência. A alface-brava, e outras, embora intrometidas numa estética vigente, provam que o caráter molda-se com a diferença e a procura de espaços diferentes e pouco cuidados, quase estéreis. Um exemplo.
