Esta provocação que te fazemos surge
em jeito de apelo, por dois motivos: tu próprio e o resto do mundo, o que não é
coisa pouca… Por isso, aqui pelo Umbrella, e para além das questões
diretamente ligadas ao clima, tomamos a iniciativa de promover o teu uso de
bicicletas a caminho da ESL, porque é bonito, bom para a saúde, a mente e o
ambiente. Isto, quando se avoluma o parque de motos “achinesadas” em frente à
escola, carburantes de petróleo e propulsoras daquele barulho muito macho, que
debita muita pinta.
Felizmente, há quem tenha
diferente noção da vida, e nós temos uma ideia! Surge pequenina, pois caminhamos
devagar e adotamos muitas sugestões, mas pretendemos que cresça e, a prazo, realize
o seguinte:
Agora, estão por tua conta.
Finalmente conseguimos mecanizar
a dinâmica dos materiais do OPE passado, de modo a que os alunos deles possam
usufruir. Afinal, como como alguém berrou há pouco, estes materiais são dos alunos,
e devem ser geridos pelos mesmos, mas de acordo com as regras da escola. O problema
é quando não há iniciativa para o fazer, discutindo ideias, criando regras e
formando grupos de trabalho para a sua promoção e gestão. Por isso, arregaçamos
mangas, marcamos reuniões, pedimos ideias online, e meia-dúzia de bravos avançaram
com ideias. Ficamos com estas e avançamos. Afinal, já estamos quase no processo
eleitoral do OPE deste ano.
Portanto, tens ao teu dispor um jogo
de dardos, um conjunto de 20 pufes de jardim (para usar exclusivamente no
exterior da ESL), e estamos a ultimar a instalação das colunas de som nos
jardins, para poderes “meter” a tua música favorita. Acresce também um aquário
que se encontra na Biblioteca da ESL, e cuja dinamização ficará para o 3º
período de aulas.
Ah! Esperemos que que trates bem dos materiais, porque queremos que as tuas coisas durem e não se
levem o trato que os matraquilhos e a mesa de ping-pong, cuja madeira parece até ter sido comida por alguém, têm levado!
Sobre a dificuldade de parar e ler.
Ontem, ao fim de um longo dia de
aulas, uma “embaixada” de alunos da associação de estudantes do AEL quis
reunir connosco. O tema que levaram rondou o uso de alguns dos materiais do OPE,
para uma iniciativa que pretendem desenvolver às sextas-feiras, no refeitório
da ESL, e também uma eventual candidatura ao OPE deste ano letivo. Sobre este,
falaram de uma ideia, trocaram connosco impressões e questionaram se as
bicicletas estacionadas na receção da ESL seriam já o prenúncio de uma
candidatura aquele programa. Dissemos que não, e que se tratava de uma iniciativa
do Umbrella, já em andamento há bastante.
Refletimos sobre a conversa e concluímos
que nos dias atuais é difícil passar uma informação, um anúncio ou um
evento. E isto, talvez por não estarmos habituados a ler, talvez por estar tão
fartos de informação e estímulos, que nos fazem derivar por entre, sem lhes
prestar atenção, ou talvez os dois. Afinal, sempre pensamos que os desenhos
infantis que colocamos Corner Erasmus, seriam suficientes para informar
minimamente quem para eles olhasse, mas não…
Postes Inteligentes Urbanos (PIU´s).
Há cerca de duas semanas recebemos um convite para alinhar com a Alícia e a Lara, na vontade de apresentar um projeto ao OPJ concelhio de Felgueiras. Aceitamos. Partimos com um esboço, trabalhamos e afinamos ideias, e surgiram duas propostas que levamos, de modo esquizofrénico, a concurso: os Postes Inteligentes Urbanos e o Felgueiras a Rolar P´Todos! Portanto, apresentamos duas soluções etariamente transversais e adaptadas às diversas geografias humanas da região, que vão de encontro às necessidades e interesses detetadas no concelho. Aliás, aquele último aspeto foi determinante nas ideias que rabiscamos, pois não queríamos algo confinado a um espaço e ou a um grupo geracional e social. Tínhamos a ideia de algo útil a todos, e é assim que se definem os dois projetos.
Assim, se o primeiro projeto - P.I.U.´s - de cariz mais técnico, é aparentemente mais versado a camadas jovens, engane-se; é precisamente o contrário. Na verdade, quando em velocidade de cruzeiro, será mais útil a uma faixa etária mais avançada e isolada, pela capacidade potencial de integrar, aproximar e permitir comunicar. O segundo projeto, multifacetado, será abrangente por excelência, pelas valências e potencial de crescimento que possui.
Não obstante, este OPJ conta com proponentes que não se regem apenas pela abrangência de um projeto. A idade, a sigla, a objetividade da ideia e o retorno imediato numa perspetiva pessoal, são também fatores que determinaram a aposta na primeira proposta, e o fim da esquizofrenia.
Bicicletas Umbrella.
Aí estão elas, as bicicletas novinhas
em folha para rapariga e rapaz, prontas ao seu propósito, servir de exemplo e pôr
o povo a pedalar! E é a pedalar que a gente se entende, senão vejamos, pedalar é bom para o ambiente; faz bem à saúde; faz-te sair da masmorra onde passas horas
infinitas a olhar para a vida alheia no ecrã; faz bem à “pinha”; dá fome e
sede; faz emagrecer e é económico! Portanto, há uma série de virtudes ambientais,
físicas e psicológicas, que nos levam a promover o seu uso por aí, mas sobretudo
no agrupamento.
Assim, feita a aquisição da “ambi” e do “ente” (ela e ele), os próximos passos passam por criar uma campanha de promoção - PEDALA; uma ou várias sessões de treino e cumprimento de regras de trânsito, realizadas num pequeno circuito efémero a criar na ESL; “batismos do pedal”, com direito a bênção; concentração de “pedalantes” no final do ano letivo (mas sem casacos de couro e botas da pesada); jogos e competições, etc.! Enfim, há muitas ideias, mas o que interessa é pedalar!
Levantamento funcional da Cidade da Lixa.
Fugimos ao manual, sem o esquecer, e promovemos uma das mais clássicas
abordagens de Geografia Humana com os nossos alunos de Geografia A: o levantamento
funcional da cidade da Lixa. E se a abordagem ao mesmo podia ser ensinada em
pouco mais de uma aula, num plano abstrato, nada se equipara à significância
dos mesmo quando aplicado a um caso concreto. A envolvência e compreensão direta
com espaço, o sentido de pertença, e uma série enorme de reforços positivos, a
começar pelo sentido de construção de algo inédito e de útil análise,
transforma o entediante no interessante.
Ora, foi isso que conquistamos, com orgulho, aos nossos alunos de Geografia A. Agruparam-se em pequenos conjuntos, trabalharam numa vertente online com recurso ao Google Earth, e concretizaram, cada um levantamento funcional de um espaço pré-definido, que engloba a Cidade da Lixa e arredores. O resultado, cada mapa, fez-se acompanhar de uma notícia explicativa, onde à descrição da análise se encaixa o método tido no trabalho.
Com os resultados, mapas e análises, faremos uma pequena exposição na receção da ESL, que de certo, e para os leigos, não deixará de surpreender. A par, pediremos um pequeno comentário sobre a mesma, num pequeno caderno de comentários.
Convocatória.
Como já referimos, o Umbrella, e o Erasmus em geral, não
se reduz às vistosas e cansativas deslocações internacionais. Se assim
fosse, provavelmente não estaríamos aqui a versar sobre o mesmo. Na verdade,
aquilo que nos atrai neste tipo de programas (OPE e OPJ, entre outros,
incluídos) é a possibilidade tomar, fazer tomar, um caminho paralelo à ditadura
dos exames nacionais, que é também alternativo ao cinzentismo de um certo
método de ensino.
Falamos, portanto, de ensinar a conjugar o verbo potenciar a diferentes dimensões, que passam pela escrita, a edição, o trabalho de grupo colaborativo, e em rede, sobre problemas concretos e cuja solução se materializa nos resultados. São, neste sentido, também uma bela alternativa à passividade dos lugares comuns das redes sociais e televisão, que tanto absorvem e alienam.
Um parque para bicicletas.
Estamos a ultimar uma das ideias Umbrella saídas das reuniões entre alunos
e professores, a promoção e o bom uso de bicicletas no trajeto entre casa e
escola, e no quotidiano em geral, como forma de contrariar a motorização
excessiva da região envolvente à escola. Assim, para além da criação de um
parque de bicicletas na ESL, faremos uma campanha promoção do seu uso perante
os alunos e várias sessões de ensino e aprendizagem sobre pedalar em segurança.
Concretamente sobre o parque de bicicletas, optamos por uma enorme parede situada a sul do bloco central da escola, num local amplo e não impeditivo à passagem de veículo da qualquer espécie. A sua localização teve também em conta o circuito que desenhamos para a entrada e saída, realizado a nascente do grande auditório / refeitório, não havendo circulação de bicicletas nos espaços interior do recinto escolar.