A noção de espaço é um conceito relativo. Para os norte-americanos ou brasileiros, habituados à enorme geografia, o curto é longo, o longo é enorme, e o horizonte não é o fim. Já os europeus, que em poucas léguas “se punham” no centro da Europa (e noutros países), viam no seu curto quintal o bastante para as suas lutas e conquistas, trocas comerciais, fazendo florescer a civilização ocidental, banhada pelo prodigo Mediterrâneo, os pequenos mares a norte e os grandes rios que atravessam e servem de caminho.
Mas houve mais mundo, e felizmente que a luz nos fez sair do casulo, ousar o diferente, descobrir que afinal não éramos (somos) só nós. Para isso foi necessária coragem de enfrentar o desconhecido, que tanto nos fascinou e ensinou. Este é talvez a melhor lição que toda a epopeia dos descobrimentos lusos nos pode proporcionar. Esquecê-lo, é voltar ao quintal onde pouco ou nada resta.
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