Levante.

quinta-feira, 27 de junho de 2013 · Temas: , ,

O levante é o nome dado a um vento que sopra de leste (suão no Algarve). Resulta da conjugação do anticiclone dos Açores, que na imagem se estende ao longo da Europa Ocidental, e uma baixa pressão térmica, situada na região Este do Deserto do Sara. Da diferença de pressão entre estes dois centro barométricos, resulta uma deslocação de ar (vento) que sofre um desvio para Este na Península Ibérica. 

Pressão Atmosférica 26 de Junho 2013

Dado o seu percurso continental, este vento caracteriza-se pela elevada temperatura e secura, e muito têm contribuído para as condições de estado de tempo de Portugal Continental nestes últimos dias. Há, inclusivamente, um adágio popular os perpetua: “De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”. Sabe-se lá porquê…

Dia 19 de de fevereiro de 2013, pelas 22.01 horas.

segunda-feira, 24 de junho de 2013 · Temas: , ,

A Estação Internacional Espacial (EIE) possui a bordo um mecanismo de fotografia noturna, que permite obter fotografias espetaculares. Até agora, a obtenção de uma fotografia com fraca luz, tornava-se num verdadeiro desafio e, durante anos, os astronautas experimentaram várias soluções sem resultados evidentes. Ora, o NightPod resolveu estes problemas. Trata-se de um mecanismo electro-mecânico que compensa a velocidade a que se desloca a EIE (27 mil quilómetros por hora) e o movimento da Terra, ao qual podemos acoplar uma máquina fotográfica, regulada em modo de fotografia noturna, e assim obter fotografias de belo efeito.

Porto fotografado pela ESA 19 Fevereiro 2013

A fotografia acima publicada, foi obtida no passado dia 19 de de fevereiro de 2013, pelas 22.01 horas. Nela é perfeitamente visível no topo centro, a Cidade do Porto, V.N. de Gaia e Gondomar. A partir desta mancha, e se nos deslocarmos para oriente, é observável um pequeno hiato na luz noturna, que coincide com as Serras de Valongo, que separam a cidade homónima e o Concelho de Paredes com a região do Grande Porto.

A partir da foz do Rio Douro, e caminhando para sul, o ponto mais brilhante que nos surge na imagem é a Cidade de Espinho, só superada pelo brilho noturno de S. Maria da Feira, mais no interior, e no eixo da Estrada Nacional nº1.


Fontes: http://www.nasa.gov/mission_pages/station/research/news/nightpod.html / https://cogsnscc.maps.arcgis.com/

O martelo de S. João e outros rituais.

domingo, 23 de junho de 2013 · Temas: ,

O martelo de S. João compete com o alho porro, a cidreira e os manjericos que, segundo a tradição protegem do mau olhado. Aliás, toda a noite de S. João assenta um cortejo de tradições ancestrais, numa mistura festiva entre o sagrado e o profano, que a memória popular não esquece, soube transformar e adaptar.

Martelo de S. João

Mas para além do uso das aromáticas, a noite contempla também o ritual salto da fogueira, que perpetua o tempo em que o Homem observava, sem compreender, o solstício de verão. Na verdade, a suposta data de nascimento do santo, resulta da incorporação de uma manifestação pagã, por parte da igreja, no seu próprio calendário, à semelhança daquilo que fez com vários momentos festivos do ano.

Já no que se refere à gastronomia, a sardinha que abunda nos pratos típicos desta época festiva, está intimamente ligada à nortada (um vento que corre quase paralelamente à costa ocidental do continente), gerando um fenómeno hidrodinâmico que facilita a abundância de cardumes daquele peixe estival.

O martelo de S. João é, de todos os rituais, o mais recente. Na queima-das-fitas de 1963, os estudantes procuraram junto de um industrial de brinquedos, um instrumento ruidoso para usar durante o cortejo académico. O sucesso do seu uso foi tal, que os comerciantes da Cidade do Porto quiseram usá-lo nas festas da Cidade, incorporando-se paulatinamente como mais um ritual da Noite de S. João.


Fonte: http://martelodesjoao.blogspot.pt/ 

O verão chega às 06.04h.

sexta-feira, 21 de junho de 2013 · Temas: ,

Mesmo que não pareça, é mesmo verdade, o solstício de verão acontece logo mais, às 06.04h. Para o hemisfério norte, trata-se da noite mais curta do ano e do dia em que o sol sobe mais alto no céu, criando o mais longo dia do ano.

Solstício

Na verdade, esta divisão temporal do ano estações do ano, é uma invenção relativamente recente. Foram criadas pela Societas Meteorologica Palatina, que definiu que cada uma das estações do ano deveria durar cerca de três meses, que coincidem com os equinócios e solstícios, decorrentes da posição da Terra em relação ao Sol, no seu movimento anual de translação.

Porto identitário.

quarta-feira, 19 de junho de 2013 · Temas: , , ,

Escrevemos este artigo quando a Lonely Planet acaba de colocar o Porto no topo dos destinos turísticos europeus para 2013. Uma surpresa? Não! Apenas uma constatação. Na verdade, calcorrear o Porto é mergulhar numa experiência rendilhada de pormenores; uma mistura feliz que compatibiliza os profusos edifícios em decadência, que nos parecem ter tanto para contar, com o seu povo grosseiro, mas genuíno.

Porto Identitário

Esta mistura é atrativa, e não é por acaso que a cidade está na moda. Há hordas de gentes, vindas de paragens setentrionais, que a procuram e sobre ela escrevem, impulsionadas pelos voos baratos, informação abundante, as redes sociais, o clima, a comida e o custo de vida.  «O Porto emergiu como uma vibrante capital das artes […] Na vanguarda da cena artística da cidade está a zona de galerias da Rua Miguel Bombarda», dizem.


Ver Porto indentitário. num mapa maior

Filhos da mesma raiz, os alunos da turma TAS não provêm de paragens setentrionais, mas ainda assim a cidade referência é-lhes pouco conhecida. Daí o mérito e sucesso da visita de estudo, Porto Identitário, proporcionada pelos formadores do curso. Na verdade, a curiosidade revelada por alguns, o despertar de interesse noutros, mostrou que o prazer de palmilhar uma cidade como o Porto já não é propriamente um segredo bem guardado. O Porto está ali bem perto à espera. Haja a predisposição e estoicismo demonstrado no sábado, que a cidade responde, oferecendo o S. João, a luz do fim da tarde e o prazer da descoberta.

Histórias do Mundo Industrial.

segunda-feira, 17 de junho de 2013 · Temas: , ,

A imaginação é talvez das mais belas características humanas. Se for usada com motivação, empenho e propósito, permite momentos inesquecíveis, marcantes até. Temos a certeza que foi isso que aconteceu, no rodopio da última semana de aulas, com o oitavo A.    

A ideia surgiu a propósito de um tema da disciplina de Geografia: a industria. Formaram-se quatro grupos de trabalho e proporcionaram-se a cada um, as características de quatro famílias muito especiais, residentes em diferentes contextos geográfico-industriais.

HMI

Cada grupo teve a seu cargo a realização do enredo, o cenário e adereços. No fundo, a realização de uma peça teatral simples e divertida, que terminasse de uma forma pedagógica, com vista à solução de um problema ambiental /de localização industrial.

O resultado, apresentado mesmo ao cair do pano de mais um ano letivo, foi um daqueles momentos que ficam. Ficam, guardam-se, transportam-se, e servem para um dia fazer ainda mais. Vimos alunos a empenharem-se como nunca, a demonstrar um talento quase inato, a dialogarem em grupo e, a explorar conteúdos de diferentes disciplinas e acima de tudo, a demonstrarem uma grande dose de empenho e imaginação.  Na verdade, apesar do atual contexto afunilante, acreditamos ser esta a verdadeira escola.

Gravamos tudo é certo, mas a ideia era maior: uma espécie de sarau com convidados à mistura (fica o repto aos próprios alunos para que no próximo insistam junto dos professores). Para já ficam algumas fotografias de família… Mais tarde ou mais cedo (e depois de uma boa edição) aqui publicaremos as desventuras das quatro famílias: Aleluia, Gervásio, Ambrósio e Parafuso!

Fim das aulas!

sábado, 15 de junho de 2013 · Temas: , ,

Está colocado o ponto final em mais um ano letivo! Foi um ano farto, complexo, rendilhado até, com surpresas e deceções. No fundo,  o normal! E se para alguns a época é de abalada, para outros, o verão resume-se a alguns dias; os bastantes para provocar a saudade das amizades construídas ao longo de um ano letivo.

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There´s No Tomorrow.

sexta-feira, 14 de junho de 2013 · Temas: , , ,

O título, assustador, dá nome a um documentário animado de cerca de 30 minutos, que nos fala sobre o crescimento e a delapidação de recursos e energia do nosso planeta. O seu autor, Dermot O' Connor, refere que demorou cerca de 3 anos a produzi-lo e a ideia surgiu «after seeing the difficulty in trying to explain the complexity of Peak Oil to members of the public». É legendado em português e muito interessante. Recomendamos.

A escala do universo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013 · Temas:

Esbarramos com esta aplicação online que permite fazer dois tipos de viagens comparativas, ambas partindo da escala humana. Uma leva-nos a atravessar os maiores objetos conhecidos do universo (desde monumentos, passando por planetas ou galáxias), e uma outra, no sentido inverso, que nos permite atravessar átomos, eletrões e até mesmo quarks.

Sacaleo

Ainda sobre anticiclone dos Açores.

· Temas:

Nem sabemos bem se são boas ou más notícias, mas cá vão: para a próxima semana há probabilidade de chuva na 2ª, 3ª e até 4ª feira. Para quem se encontra a “marrar” para os exames, a chuva é quase abençoada, pois não serve como desculpa à “balda”. Mas para quem por esta altura entra de férias (e não são os professores com certeza), a chuva só atrapalha! De qualquer modo, a surgir, será leve, tal como é a chuva no verão.

Previsão do estado de tempo

Para esta previsão, e para já, não se vislumbram culpados. Mas há quem concorde com um suspeito do costume: o anticiclone dos Açores! Consta-se que este centro barométrico não esteja cumprir devidamente a sua “missão” estival de nos proporcionar bom tempo. Ainda assim, e apesar das previsões, esperemos estar enganados, e o bom tempo aliado ao calor surja por aí em força num destes dias.

Chuvas tardias.

quarta-feira, 12 de junho de 2013 · Temas: , ,

O estado de tempo e a chuva associada que se têm verificado nos últimos dias, quase fazem lembrar os primeiros dias a sério de outono, já em finais de outubro ou inícios de novembro. Não fora a cor das folhas, o chilrear dos pássaros ou o leve entardecer, diríamos estar já no próximo ano letivo!

Satélite do passado dia 11 de junho pelas 15 horas

Mas afinal, quem são os culpados desta situação? Bom, são dois: uma baixa pressão e o anticiclone dos Açores que, por esta altura do “campeonato”, já devia ter “estacionado” bem mais a norte, bloqueando a passagem de baixas pressões e as respetivas frentes. Como se pode ver na imagem de satélite do passado dia 11 de junho, pelas 15 horas, o anticiclone dos açores encontrava-se à latitude das Canárias, permitindo a passagem de uma superfície frontal pelo território continental, que originou chuvas nos últimos dias. É caso para dizer: -Anticiclone dos Açores volta já ao teu lugar! Porque senão, ainda temos de dar razão aos franceses, que há bem pouco tempo previram um verão a começar no outono, ai!


Fonte: http://www.nrlmry.navy.mil/

Obreiros dum mundo a fazer.

domingo, 9 de junho de 2013

Se fosse possível, fazíamos de um pensamento de Leonardo Coimbra, o título deste artigo: «o Homem não é uma inutilidade num mundo feito mas o obreiro dum mundo a fazer». A frase, gravada na pedra que sustenta a sua imagem, foi literalmente interpretada “à letra” pelos concorrentes do peddy-paper: Perdidos n´Lixa. Inclusivamente, constituiu-se como lema para a manhã da prova que, em grande parte fintou a chuva, e povoou inusitadamente as ruas do centro da Lixa.

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O esforço dos alunos, e dos seus pacientes professores acompanhantes, foi proporcional ao divertimento, e estamos em crer que todos se divertiram. Como diria o filósofo, o mundo a fazer é incompatível com a inação e, até no divertimento, arrepiar caminho não é uma escolha, é uma inevitabilidade. Imaginem, por hipótese, o contrário!

Refletir sobre o shale gas.

sábado, 8 de junho de 2013 · Temas: , , ,

Mais tarde ou mais cedo, teremos de discutir no nosso país a possibilidade da exploração do shale gas (gás de xisto), um combustível, que podemos encontrar aprisionado em formações de xisto. Com o estado da tecnologia atual, a sua exploração é muito criticada e até mesmo polémica. Mas também há também opiniões bastante favoráveis à sua exploração, visto ser um recurso mais barato e menos poluente no seu consumo, face aos combustíveis convencionais.

Como o xisto, uma rocha metamórfica, tem como característica a impermeabilidade, a exploração deste gás é apenas possível recorrendo a uma técnica: o fraturamento hidráulico. Trata-se de um «método usado para quebrar as formações rochosas contendo petróleo e gás, criando corredores para que o combustível flua da rocha até um poço produtor. Isto é conseguido usando a pressão hidráulica a fim de injetar um fluido contendo areia ou outro material abrasivo na rocha, sempre com força suficiente para causar fissuras».

É como se tentássemos lavar um formigueiro abandonado, por hipótese escavado em subsolo de xisto; injetávamos, com pressão, água e outros produtos químicos (para criar porosidade e impermeabilidade artificialmente) numa das entradas, esta percorreria os labirínticos caminhos do formigueiro, criaria outros, e na sua passagem arrastaria tudo até uma determinada saída – um poço.

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Maio de grande amplitude.

terça-feira, 4 de junho de 2013 · Temas: , ,

O mês de maio apresentou uma média de temperaturas na casa dos 15,5ºC, ocorrendo o valor máximo no dia 13, com a temperatura de 34,7ºC, e o valor mínimo no dia 20, com 3ºC. Foi, deste modo, um mês de grandes amplitudes térmicas, diárias e mensal. A título de exemplo, refira-se o dia 13 de maio, com uma amplitude térmica diária de cerca de 11ºC, e a diferença entre a temperatura mais fria e a mais quente do mês, separadas apenas por 7 dias, que correspondeu a cerca de 31,7ºC.

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