A equipa Lixa na imprensa escrita.

domingo, 11 de março de 2012 · Temas: ,

Após a cerimónia de divulgação e entrega de prémios, a equipa desdobrou-se em inéditas entrevistas a vários órgãos de imprensa escrita. Um deles foi o ua_online – o jornal da Universidade de Aveiro, que acaba de publicar uma notícia sobre o evento.

«Alunos ganharam uma viagem a Bruxelas e um ano de propinas na Universidade de Aveiro

Escola secundária da Lixa venceu concurso NOS@EUROPE

Escolas secundárias de todo o país responderam ao desafio e apresentaram na sexta-feira, 9 de março, na Universidade de Aveiro, as suas ideias para a acabarem com a crise na sua região. A Escola Secundária da Lixa arrecadou o primeiro prémio, com um projeto que consistiu na construção de um modelo de cooperação entre o calçado e o design, ou seja, uma montra virtual para a venda de calçado personalizado.

Na grande final do concurso, lançado pela UA em novembro, e que mobilizou mais de quinhentos jovens de todo o país, participaram ainda as escolas de Arouca, Marinha Grande, Portimão, a St. Peter´s School de Palmela e a Escola Profissional Atlântico da Madeira. Os trabalhos foram avaliados por um júri composto por, entre outras personalidades, Isabel Jonet (Banco Alimentar), Ricardo Diniz (Portugal Ocean Race) e Nuno Alves (Banco de Portugal).

A equipa vencedora, da Escola Secundária da Lixa, em Felgueiras, apostou nas potencialidades económicas da região, em particular na indústria do calçado, um setor forte no Norte do país. Neste âmbito, realçando a necessidade de criação de redes entre empresas e consumidores finais, propõem um projeto inovador assente no trinómio: criação, divulgação e conceção.

«Este projeto parte da criação de um sítio na internet ao qual as empresas possam facilmente aceder para expor e divulgar os seus produtos e onde os consumidores podem, por sua vez, consultar os produtos disponíveis e até mesmo personalizar o produto que pretendem adquirir. É uma espécie de montra virtual», explicou Margarida Cardoso, porta-voz da equipa.

A par do calçado, o aproveitamento das potencialidades das indústrias têxtil e do setor vitivinícola, instalados no Norte do país, poderão dar um contributo importante para o desenvolvimento económico e para o progresso social nacional. Esta ideia, defendida pela equipa «ESA@Europe», valeu aos estudantes da Escola Secundária de Arouca, (em exequo) o prémio Delta.

O mesmo prémio foi repartido pela «AntiCrise2», da Marinha Grande, que apresentou um projeto de revitalização e dinamização do centro histórico e cultural da cidade, com a abertura de espaços de comércio alternativo, de produtos tradicionais da região e a criação de zonas de mercados de rua.

O potencial da Região de Lisboa e Vale do Tejo, verificado nomeadamente através das infraestruturas existentes, e do tecido empresarial da região, levou a equipa da St. Peter´s School de Palmela a defender a criação de redes de investigação e inovação entre empresas e universidades e a fusão de empresas, com vista a otimizar processos internos e a aumentar a competitividade.

A equipa de Portimão olha para o Algarve como um todo e chama a atenção para a excessiva utilização da costa e abandono progressivo do interior. A solução apontada pelos finalistas do concurso, para potenciar a região, passa pela exploração dos recursos naturais existentes.

A equipa da Madeira estudou a evolução da ilha, nos últimos 50/60 anos, e concluiu que o aumento do desemprego, comum ao resto do país, é o fator mais preocupante. Os «Inovadores» apontaram medidas com vista à sua redução, nomeadamente, através do incentivo ao empreendedorismo, do apoio aos estágios profissionais e da aposta na qualificação dos trabalhadores para uma melhor empregabilidade e produtividade. O turismo, acreditam, poderá também ser o grande dinamizador da economia da região.

Para a Prof. Silvina Santana, uma das responsáveis pelo
concurso, o balanço global é muito positivo. «Os jovens percebem que a crise vai muito além das questões económicas e financeiras. Demonstraram que há aqui questões de comportamento, de formação ao longo da vida, da capacitação, de ir buscar o que de melhor se faz em cada uma das regiões e, acima de tudo, vontade de “dar a volta”, apostando na inovação e na qualidade, como fatores de diferenciação. Os jovens acreditam que podem sair da crise apresentando soluções de uma forma integrada, criando redes: de competências, de interesses de participação. Todas as equipas estão de parabéns».


Os prémios do NOS@EUROPE foram assim distribuídos:

- Prémio NOS@EUROPE (viagem a Bruxelas para a equipa e o professor supervisor) e Universidade de Aveiro (um ano de propinas para os alunos que optarem por ingressar na instituição) Lixa – Escola Secundária da Lixa;

- Prémio NOS@EUROPE (sorteado entre os três alunos finalistas do ensino superior) Bruno Almeida, Universidade de Aveiro;

- Prémio Delta (1200 euros atribuídos à equipa que se destacar na promoção das ideias do concurso)
ESA@EUROPE - Escola Secundária de Arouca e Anticrise2 – Escola Secundária Engº Acácio Calazans Duarte da Marinha Grande;

- Prémio Geostar (sorteado entre todos os professores supervisores) Cristina Farinha - St. Peter´s School de Palmela»

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