A translação terrestre e duração de um dia natural.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 · Temas: ,

A propósito das aulas do 7º Ano, que normalmente acabam numa avalanche de perguntas, e a mim me motivam deveras, ficam aqui duas animações em flash, sobre o movimento de translação da Terra e a sua consequência na duração de um dia natural.

Repara que a duração de um dia natural é resultado do movimento de translação da Terra. Deste modo, este movimento é responsável pelas variações diurnas, anuais e da intensidade da radiação solar e, em consequência, da temperatura.

Devido ao movimento de translação da Terra, o Sol descreve as suas órbitas diurnas aparentes, em volta da Terra, entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio (linhas imaginárias assinaladas a verde), nunca passando para além destes paralelos. Assim, para se entender a variação anual da radiação solar, é importante frisar que esta é diferente conforme se trate das zonas extratropicais ou da zona intertropical.

Assim, do solstício de Dezembro ao solstício de Junho, o Sol movimenta-se para norte, até atingir o Trópico de Câncer logo, o ângulo de incidência ao meio-dia-solar vai aumentando, ao mesmo tempo que diminui a massa atmosférica. Por outro lado, a duração do dia natural aumenta, do que resulta um aumento da quantidade diária de radiação solar. A situação intermédia, em termos de radiação solar recebida, acontece quando o Sol está sobre o equador - equinócio - momento do ano em que, em todos os lugares da Terra, o dia e a noite têm a mesma duração. O primeiro equinócio ocorre em 21 de Março.

No solstício de Junho (data em que o Sol se encontra sobre o Trópico de Câncer e, portanto, o mais a norte possível), o ângulo de incidência e a duração do dia natural atingem o seu valor máximo e a massa atmosférica o mínimo, pelo que a radiação solar recebida atinge o seu valor mais elevado.

Do solstício de Junho ao solstício de Dezembro, o Sol desloca-se para sul. Em consequência, diminui o ângulo de incidência e a duração dos dias e aumenta a massa atmosférica, logo diminui a radiação solar recebida.

Em 21 ou 22 de Setembro dá-se o segundo equinócio - momento a partir do qual a duração do dia passa a ser inferior à da noite.

No solstício de Dezembro (quando o Sol se encontra no Trópico de Capricórnio e, por isso, o mais a sul possível), o ângulo de incidência e a duração dos dias atingem o seu mínimo e a massa atmosférica o seu valor máximo, daí a radiação solar recebida atingir o seu valor mais baixo.

No hemisfério sul tudo se passa de modo inverso e, portanto, os períodos de menor radiação solar serão até ao solstício de Junho, assim como os períodos de aumento de radiação solar se verificam do solstício de Junho ao solstício de Dezembro (altura em que este atinge o seu valor mais elevado).

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